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O investidor brasileiro passa a ter acesso a três novas opções de investimentos com exposição ao mercado internacional nesta quarta-feira (21), por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de fundos de índices (ETFs) globais. Na prática, são recibos que representam cotas de ETFs listados em bolsas no exterior.
Os ativos que estreiam na B3 são geridos pela Global X, gestora de Nova York, e estão disponíveis para o investidor pessoa física.
Segundo Bruno Stein, diretor da Global X ETFs Brasil, estes BDRs vão possibilitar ao investidor acesso aos Reits (Real Estate Investment Trusts), equivalentes aos fundos imobiliários (FIIs) do mercado americano, de maior rendimento com dividendos, além de oferecer exposição ao setor de cannabis, considerado uma indústria emergente.
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Confira quais são os três novos BDRs de ETF disponíveis na B3:
ETF original | Ticker do BDR de ETF na B3 |
Global X Cannabis ETF | BPOT39 |
Global X SuperDividend® REIT ETF | BSRE39 |
Global X MSCI China Financials ETF | BHIX39 |
Fonte: Global X
Segundo Stein, a meta da gestora é ter 40 BDRs de ETFs no Brasil até o final do ano – até aqui, a gestora já lançou 22. Os próximos lançamentos devem ocorrer nos meses seguintes, concentrando a maior quantidade em outubro. “Nosso objetivo é trazer os 40 ETFs que são os que acreditamos são essenciais para o investidor brasileiro”, afirma o executivo.
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Por dentro das teses
O Global X Cannabis ETF (BPOT39) replica o índice Solactive Cannabis, que busca investir em empresas de todo o setor de cannabis.
Segundo Stein, o mercado global de cannabis é avaliado atualmente em US$ 28 bilhões. A expectativa é de que alcance US$ 200 bilhões até 2028, com uma taxa média de crescimento anual até lá.
Ele explica que a cannabis recreativa já foi legalizada em 19 estados americanos. Sondagem da Global X com 557 participantes nos Estados Unidos indica que os americanos pretendem ampliar o uso recreativo. “Um conjunto de forças – revisão regulatória, melhoria da opinião pública e um grande mercado endereçável – torna a cannabis um tema atraente em seus estágios iniciais”, diz.
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Já o Global X SuperDividend Reit ETF (BSRE39), que segue o índice Solactive Global SuperDividend Reit, dá acesso a 30 Reits com os maiores rendimentos em dividendos no mundo.
Stein cita que em períodos de inflação e volatilidade, os Reits se mostram como opções para hedge (proteção) diante da inflação, além de oferecerem dividendos atraentes.
A maioria dos Reits distribuem proventos trimestrais nos EUA. Os que integram o Global X SuperDividend Reit ETF, contudo, fazem depósitos mensais, destaca Stein. De toda forma, vale lembrar os ETFs de Reits no Brasil não pagam dividendos. Os rendimentos são reinvestidos no patrimônio do próprio ETF. O investidor, portanto, não recebe renda mensal – como obtém com os FIIs – mas pode se beneficiar da valorização das cotas.
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Stein destaca ainda que aproximadamente 9% nas negociações de propriedades são feitas por Reits listados, significativamente acima dos 1% vistos em meados da década de 1990.
Já o Global X MSCI China Financials ETF (BHIX39) oferece exposição ao mercado financeiro chinês. Este BDR de ETF replica o índice MSCI China Financials 10/50, composto por empresas de grande e média capitalização do índice MSCI China classificados no setor financeiro.
Na visão de Stein, o mercado de capitais e financeiro da China está ganhando influência no cenário global, com o desenvolvimento de fintechs, acesso a investidores estrangeiros e expansão de serviços para uma classe média em crescimento. O setor possui cerca de US$ 4 trilhões de capitalização de mercado. “Isso pode estimular uma nova era de crescimento para o setor financeiro da China”, destaca.