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SÃO PAULO – Depois de amargar fortes perdas em 2011, o início de 2012 começou melhor para a Bolsa de Valores e o Ibovespa já acumula alta de 10,60% no primeiro mês do ano. Muitos analistas ainda esperam alguma volatilidade, por conta dos problemas internacionais (principalmente na Europa) e insistem em lembrar que o investidor deve ter cautela, mas, de maneira geral, as perspectivas são mais favoráveis do que as do ano passado.
Para quem pretende investir no mercado acionário, mas não tem muito tempo para gerenciar sua carteira de investimentos, optar pelos fundos de ações pode ser uma alternativa interessante. Mas é importante lembrar que existem diversos tipos de fundos de ações, classificados de maneira diferente pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Confira abaixo quais são e os que se encaixam melhor no seu perfil.
Ações Ibovespa Indexado
Estes fundos têm como objetivo acompanhar o comportamento do Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo). Isso quer dizer que, se o mercado acionário brasileiro estiver em um bom momento e as principais ações estiverem em alta, o investidor provavelmente terá lucro com esta aplicação.
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O contrário vale no caso de queda das principais ações do índice: se isso acontecer, é provável que o fundo apresente rentabilidade negativa.
Por isso, esse tipo de fundo é ideal para aqueles que acreditam na valorização da maior parte dos ativos das principais empresas listadas na bolsa brasileira.
Ações Ibovespa Ativo
No caso dos fundos Ibovespa Ativo, o gestor usa o Ibovespa como referência, assim como nos fundos Ibovespa Indexado. A principal diferença é que estes fundos têm o objetivo de superar este índice – ou seja, performar melhor do que o Ibovespa.
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Também é importante lembrar que os fundos classificados como Ibovespa Ativo admitem alavancagem – ou seja, podem operar com valores superiores ao do seu patrimônio líquido.
Ações IbrX Indexado
Os fundos IbrX Indexado procuram acompanhar o comportamento do IBrX (Índice Brasil, que mede o retorno das 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na Bovespa) ou do IBrX 50 (Índice Brasil 50, que tem a mesma definição do IbrX, mas que atua com as 50 empresas mais negociadas).
Assim, se você procura um investimento em ações baseado em uma estratégia de diversificação de ativos, esta pode ser uma boa opção.
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Estes fundos não admitem alavancagem, ou seja, o gestor só pode utilizar os recursos disponíveis no patrimônio líquido do fundo para montar sua carteira.
Ações IBrX Ativo
Os fundos classificados como Ações IBrX Ativo também usam o IBrX 50 ou IBrX como referência, mas, neste caso, o objetivo do gestor do fundo é superar estes índices (ou seja, ter um desempenho melhor do que o da carteira teórica).
De acordo com as regras da Anbima, estes fundos admitem alavancagem.
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Ações Setoriais
Como a economia é muito dinâmica, dependendo dos acontecimentos, as empresas de um setor específico podem ter um desempenho muito melhor – ou muito pior – do que as companhias de outro setor.
Por isso, a ideia desses fundos é focar os recursos em alguns setores específicos, tentando aproveitar o momento econômico para atingir uma rentabilidade maior com as suas aplicações em renda variável.
Os gestores investem em empresas pertencentes a um mesmo setor ou conjunto de setores – que precisam estar definidos claramente na política de investimento do fundo, de acordo com a classificação definida pela BM&FBovespa.
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Ações Small Caps
Para quem possui um perfil mais arrojado e busca papéis que oscilam mais – e que podem oferecer um alto potencial de lucro (e também de prejuízos), estes fundos podem ser interessantes. Isso porque as ações conhecidas como “Small Caps” costumam ser mais voláteis e podem oferecer uma rentabilidade maior – é importante lembrar que o risco de perdas também aumenta.
Pela classificação da Anbima, a carteira destes fundos precisa ter no mínimo 90% do patrimônio líquido investido em ações de empresas que não estejam incluídas entre as 25 maiores participações do IBrX (Índice Brasil).
Ações Dividendos
Os fundos “Ações Dividendos” são ideais para quem procura papéis menos voláteis e ainda pretende garantir uma rentabilidade extra com os dividendos (participação nos lucros da empresa distribuída entre os acionistas minoritários).
Pela regra, os gestores destes fundos investem somente em ações de empresas com histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos) consistente ou que, na visão do gestor, apresentem essas perspectivas.
Ações Sustentabilidade/Governança
Nestes fundos, os gestores investem somente em empresas que apresentam bons níveis de governança corporativa ou que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo.
Os recursos que sobrarem no caixa precisam ficar investidos em operações permitidas ao tipo Referenciado DI.
Ações Livre
Os fundos dessa categoria não precisam seguir nenhuma regra em relação a quais empresas ou tipo de ações devem investir. Só precisam respeitar a regra dos FIAs, tendo sempre pelo menos 67% da carteira investida em ações.
Isso permite mais liberdade ao gestor, que pode adotar diferentes estratégias dentro de um único fundo. Ou então para que cada gestor possa usar livremente a sua área de expertise na escolha dos ativos.