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SÃO PAULO – A Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias) anunciou hoje os planos no seu novo papel como credenciadora e autorreguladora do trabalho dos agentes autônomos de investimentos no País. Entre as novas exigências, os agentes precisarão se submeter ao Programa de Educação Continuada, que exigirá a realização, a cada três anos, de uma nova prova da Ancord ou a comprovação de sua participação em cursos e seminários ao longo deste período.
“O investidor vai ganhar muito com isso. Quanto mais você dá credibilidade ao mercado mais ele se desenvolve de maneira sólida. A idéia não é crescer a qualquer custo, é crescer de forma estruturada”, disse o diretor superintendente da Ancord, José David Martins Júnior (foto).
Segundo ele, o atual momento de juros baixos faz com que o trabalho dos agentes autônomos seja ainda mais importante, mostrando aos investidores alternativas disponíveis de investimento. “O agente não vai montar a sua carteira, nem fazer recomendações, mas ele é um importante instrumento de capilaridade do mercado”, disse. “Os grandes investidores já sabem o caminho para investimentos diferenciados, que podem oferecer um rendimento melhor. Estamos falando dos pequenos, que estão aprendendo a poupar e com o tempo vão procurar por outros investimentos”, disse.
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Códigos de Autorregulação e Conduta
A partir de agora, todos os agentes autônomos deverão seguir as diretrizes apontadas no “Código de Autorregulação da Ancord” e “Código de Conduta dos Agentes Autônomos de Investimento, ambos disponíveis no site www.ancord.org.br. Tanto os profissionais quanto as corretoras e distribuidoras ligadas a esses prestadores de serviços deverão procurar a Ancord para efetuar sua adesão aos novos códigos, independentemente de serem ou não associados à entidade.
Também vai ficar a cargo da entidade a fiscalização do cumprimento dos novos códigos, com o poder de apurar e julgar processos sancionadores quando necessários.
Crescimento de número de agentes
No Brasil, existem atualmente cerca de 10 mil agentes autônomos, um número que pode chegar a 50 mil profissionais nos próximos anos, segundo a Ancord. “A bolsa tem atualmente entre 500 e 600 mil investidores e a meta é atingir 5 milhões até o final de 2018. Se o número de investidores pode crescer 10 vezes, não é uma estimativa ruim acreditar que o número de agentes autônomos possa crescer 5 vezes”, disse Martins Junior.
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Para facilitar a comunicação, a Ancord também criou uma linha direta no site da entidade onde qualquer investidor poderá deixar suas críticas sobre o comportamento dos agentes autônomos. “Acreditamos que o número de reclamações deve cair. É claro que sempre haverá algum tipo de insatisfação, mas com qualificação e treinamento contínuo, a tendência é que eles estejam mais bem preparados para atender os investidores”, concluiu o executivo.
A decisão de nomeação da Ancord como a única credenciadora de agentes autônomos de investimento foi anunciada na última sexta-feira, dia 28/09, pelo Colegiado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).