Americanas (AMER3) devolve galpão locado em SP, mas não paga rescisão acertada com FII

A Americanas (AMER3) não realizou o pagamento da primeira parcela da multa referente à rescisão do contrato de locação do módulo M1 do Galpão Hortolândia II, no interior de São Paulo, que pertence ao FII RBR Log (RBRL11).

Em comunicado ao mercado, o fundo imobiliário reclamou que, até o momento, ainda não recebeu o pagamento previsto para junho de 2023.

Naquele mês, a carteira confirmou o fim do contrato com a varejista, que está em recuperação judicial com dívidas de mais de R$ 40 bilhões. Com isso, ficou acertado entre as duas partes que a empresa teria de arcar com as penalidades previstas no contrato.

“No âmbito de tal rescisão, foi ajustado o pagamento parcelado do valor de R$ 2,093 milhões referente à multa por rescisão antecipada e às demais penalidades previstas”, reforçava fato relevante divulgado na época.

O fundo diz que está mantendo com a Americanas entendimentos constantes visando a regularização da pendência e da manutenção do pagamento integral da multa rescisória ao longo do segundo semestre de 2023.

Caso a discussão não seja suficiente, a gestão do RBRL11 promete adotar todas as medidas cabíveis para cobrar o referido valor em aberto.

O Galpão Hortolândia II tem uma área bruta locável (ABL) de 43 mil metros quadrados e já foi 100% ocupado após a saída da Americanas. O imóvel é um dos cinco ativos do (RBRL11) – cujo patrimônio líquido é de R$ 705 milhões.

Leia também:

• FII cobra multa de R$ 2 milhões após Americanas desocupar imóvel em SP

Ifix hoje:

Na sessão desta terça-feira (1), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera no campo negativo. Às 12h29, o indicador registrava alta de 0,27%, aos 3.188 pontos. Confira os demais destaques do dia.

Maiores altas desta terça-feira (1):

Maiores baixas desta terça-feira (1):

Fonte: B3 

De olho na Selic, FoFs sobem até 9% em julho e puxam 4º mês seguido de ganhos dos FIIs

Na expectativa do primeiro corte da taxa básica de juros da economia desde 2020, o mercado de fundos imobiliários subiu 1,33% em julho e completou o quarto mês seguido de ganhos – igualando a série encerrada em outubro do ano passado.

Com valorização de até 8%, os fundos que investem em cotas de outros FIIs (FoFs) encabeçaram a lista das maiores altas deste mês. Já os fundos “high yield” – de maior risco – tiveram mais um mês de fortes perdas, caindo até 14%.

O levantamento toma como base os dados da Economatica, plataforma de informações financeiras, e considera apenas os fundos que fazem parte do Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa.

Em julho, os FoFs registraram ganho médio de aproximadamente 5%, o maior entre os principais segmentos do mercado – aqueles com mais de quatro representantes no Ifix. Neste recorte, os fundos de logística foram os que menos subiram: apenas 0,75%.

Individualmente, o FII de escritório Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) foi o grande destaque do mês, com alta superior a 10%. Na sequência aparecem três FoFs, com ganhos acima de 7%. Confira a lista completa das maiores altas e baixas dos fundos imobiliários em julho de 2023.