Ifix fecha sessão no campo positivo; FII VSLH11 sobe 3% e é destaque

E mais: 20 fundos distribuem dividendos; ALZR11 e ALZM11 contratam XP para a função de formador de mercado; qual FII de shopping está mais barato?

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (15) com alta de 0,15%, aos 2.782 pontos. O FII Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) liderou a lista das maiores altas do dia, subindo 2,97%. Confira os demais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

A crise financeira da Americanas (AMER3) também começa a refletir nas operações do FII XP Log (XPLG11), que recebeu da varejista – locatária do fundo – apenas parte do aluguel referente ao mês de janeiro e com pagamento previsto para fevereiro.

A B2W – que faz parte do grupo Americanas – ocupa um centro de distribuição do fundo localizado em Seropédica (RJ). O espaço tem uma área construída de 82 mil metros quadrados, que representa 9% do portfólio da carteira.

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Até esta terça-feira (14) o XPLG11 diz ter recebido apenas R$ 509,9 mil do montante de R$ 1,3 milhão que deveria ser pago pela locação do espaço em janeiro.

“Sendo certo que resta pendente o pagamento de R$ 807,3 mil”, confirma fato relevante divulgado pelo fundo. “A parcela do aluguel que foi paga é equivalente a 12 dias do mês de janeiro a contar do dia 20, inclusive”, explica o documento.

Nesta segunda-feira (13) o VBI Logístico (LVBI11) já havia comunicado ao mercado que a Americanas não efetuou o pagamento integral do aluguel de janeiro do galpão Aratulog, localizado na Bahia.

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Já o Max Retail (MAXR11) reduziu o dividendo pela metade após anunciar que não recebeu da varejista o valor da locação referente ao mês de dezembro.

Por enquanto, o XPLG11 descarta eventual redução nos dividendos por causa da inadimplência parcial da Americanas. Segundo o fundo, novos contratos de locação e outras operações da carteira conseguirão sustentar o atual patamar de rendimentos – mesmo em caso de rescisão do vínculo com a varejista.

“Eventual rescisão do contrato que não venha acompanhada de uma nova locação imediata poderá ter seu impacto minimizado, razão pela qual a gestora mantém sua previsão de manter o patamar atual de distribuição – R$ 0,74 por cota – para o este semestre”, diz comunicado do fundo ao mercado.

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De qualquer forma, os gestores reforçam que o imóvel tem elevado padrão de qualidade e e está com valor de locação dentro dos parâmetros praticados pelo mercado. As características ajudariam em uma rápida substituição do locatário, caso seja necessário, pondera o fundo.

Leia também:

Maiores altas desta quarta-feira (15):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
VSLH11 Versalhes Recebíveis Imobiliários Títulos e Val. Mob. 2,97
TEPP11 Tellus Properties Lajes Corporativas 2,96
BTRA11 BTG Pactual Terras Agrícolas Agro 2,78
TGAR11 TG Ativo Real Desenvolvimento 2,16
RBRY11 RBR CRI Títulos e Val. Mob. 1,93

Maiores baixas desta quarta-feira (15):

Ticker Nome Setor Variação (%)
HCTR11 Hectare Títulos e Val. Mob. -2,81
[ativo=BTCI11] BTG Pactual Crédito Imobiliário Títulos e Val. Mob. -1,26
HFOF11 Hedge Top FoF II FoF -1,1
HSLG11 HSI Logística Logística -0,91
RBFF11 Rio Bravo Ifix FoF -0,84

Fonte: B3

ALZR11 e ALZM11 contratam a XP para a função de formador de mercado

A XP Investimentos começa a atuar, nesta quarta-feira (15), como formador de mercado para os FIIs Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) e Alianza Multiestratégia (ALZM11).

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Reconhecido e autorizado pela B3, o formador de mercado tem como função estimular a liquidez de ativos negociados na Bolsa. Além de facilitar a negociação dos papéis, também evita movimentos artificiais das cotações.

De acordo com os fundos da Alianza Gestão de Recursos, o contrato com a XP tem prazo indeterminado, com vigência mínima de 12 meses.

No comunicado ao mercado, os fundos não informaram os valores que serão pagos pela prestação de serviço.

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Dividendos hoje

Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta quarta-feira (15):

Ticker Rendimento Retorno mensal
CXTL11  R$   14,77 3,91%
LPLP11  R$     9,54
RBOP11  R$     8,25 1,41%
SHPH11  R$     3,40 0,46%
CXTL11  R$     1,51 0,40%
CVBI11  R$     1,10 1,22%
VRTA11  R$     1,00 1,15%
BCRI11  R$     1,00 1,01%
ONEF11  R$     0,98 0,57%
RBVA11  R$     0,95 1,01%
HUSC11  R$     0,87 0,83%
CCME11  R$     0,85
RVBI11  R$     0,75 1,05%
RCRB11  R$     0,73 0,63%
BLCA11  R$     0,57 0,63%
DRIT11B  R$     0,54 0,57%
RBFF11  R$     0,49 0,97%
RBRS11  R$     0,43 0,73%
CXCE11B  R$     0,41 0,99%
LPLP11  R$     0,15

Fonte: StatusInvest

Giro Imobiliário: Dívida da Americanas com pequenos fornecedores chega a quase R$ 1 bi; qual FII de shopping está mais barato?

XPML11, VISC11 ou HSML11: qual FII de shopping está mais barato?

O setor de shopping projeta um faturamento de quase R$ 220 bilhões em 2023, um avanço de 14,6% na comparação com o ano passado. Os fundos imobiliários do segmento são oportunidades para quem quer investir neste mercado, mas qual FII escolher?

Para ajudar o investidor a selecionar oportunidades, a Órama Investimentos publica mensalmente o levantamento “Quem Tá barato”, que dá notas aos FIIs de acordo com a taxa de retorno com dividendos (dividend yield) e o P/VPA (preço sobre o valor patrimonial) de cada carteira.

Quanto mais alta a nota, melhor é a relação entre os dividendos pagos pela carteira e o preço da cota negociada na Bolsa, explica o relatório.

No segmento de shopping, o estudo aponta o HSI Malls (HSML11) como o mais barato atualmente, com pontuação de 1,28. Na sequência, aparecem o Hedge Brasil (HGBS11) e o Malls Brasil Plural (MALL11), com notas 1,06 e 1,05, respectivamente. Confira a lista completa, dividida pelos seis principais tipos de fundos imobiliários.

Dívida da Americanas com pequenos fornecedores chega a quase R$ 1 bi

O rombo bilionário que levou a Americanas (AMER3) à recuperação judicial afeta não só os bancos e os grandes fornecedores. A varejista deve pelo menos R$ 875 milhões, num cálculo inicial, para mais de 6 mil micro, pequenas e médias empresas que eram fornecedoras de produtos ou serviços. Sem receber as dívidas e com o caixa desfalcado pela inadimplência, algumas já começam a reduzir produção e a fazer cortes no quadro de funcionários.

Os cálculos foram feitos pelo Estadão com base na lista de credores entregue à Justiça e incluem diversos setores, como de alimentos, editoras de livros, prestadoras de serviços de TI e manutenção. Não foram considerados na conta passivos trabalhistas, bancos, grandes empresas, sindicatos e associações, fundos, aluguéis e empresas de luz e internet.

Para as pequenas e micro empresas, que podem ter impacto mais forte do que as médias, a Americanas deve R$ 109,4 milhões. As dívidas nesse segmento, no documento da Americanas, variam entre R$ 10 e R$ 26 milhões. Do total de credores nessa categoria, 20 têm mais de R$ 1 milhão a receber e 102 aguardam pagamentos entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. O maior número de credores entre os pequenos (441) tem entre R$ 1 mil e R$ 50 mil a receber. Para outros 73 fornecedores, a Americanas deve entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, e 315 arcam com dívidas de até R$ 1 mil.

A Ingram Micro Brasil, distribuidora americana de produtos e serviços de tecnologia da informação, é a maior credora entre as consideradas pequenas empresas listadas no documento oficial da Americanas – apesar de a dívida, de R$ 26,4 milhões, indicar uma empresa de porte maior. Procurada, a empresa, distribuidora de produtos da JBL, não quis comentar.

Na lista entregue à Justiça, a reportagem encontrou fornecedores que já receberam parte dos valores, mas continuavam como credores, e também algumas empresas que não foram incluídas no montante.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.