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SÃO PAULO – Eleita em 2014, a agora ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada de seu cargo na última quarta-feira (31) após 60 senadores apoiarem sua saída do governo. Com isso, seu vice, Michel Temer, assumiu a presidência da república. Esse movimento já havia sido precificado pelo mercado financeiro há alguns meses, no entanto, como o investidor pode aplicar em ações nesse momento?
O analista Flavio Conde comenta que desde a votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados esse movimento já está bastante precificado. Ele explica que, entre a votação em abril e a votação no final de agosto, o cenário internacional colaborou muito a favor dos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Contudo, o foco agora deve ser em como Michel Temer conseguirá gerir a economia nacional e de que maneira ele conseguirá lidar com a necessidade de reduzir os custos do governo federal. “Os mercados externos tiveram muita influência no mercado brasileiro, agora o foco é interno”, analisa.
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Conde comenta que um dos setores que, naturalmente tendem a se beneficiar é o de estatais. “A Petrobras (PETR4) está sendo muito bem administrada pelo Pedro Parente, fazendo coisas que geram valor. A Eletrobras (ELET6) também está no caminho correto e tende a se valorizar”, explica o analista.
Além disso, o setor industrial também deve se beneficiar com um reaquecimento na economia nacional. Entre os destaques, Conde aponta a Weg (WEGE3) e a Randon (RAPT4). Por fim, outra empresa que pode subir nesse cenário é o Itaú Unibanco (ITUB4), principalmente com uma melhora da atividade econômica e queda na inadimplência.