Captação líquida dos fundos despenca 97,1% no 1º semestre ante um ano, diz Anbima

Fundos de ação (FIAs) tiveram resgate líquido de R$ 49,5 bilhões no mesmo período, enquanto multimercados sofreram saídas líquidas de R$ 61,8 bilhões

Estadão Conteúdo

(Shutterstock)
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O primeiro semestre da indústria de fundos desafiou os gestores, sobretudo das classes multimercados e ações. As duas tiveram resgates líquidos (saldo negativo entre entrada e saída de recursos) importantes, totalizando R$ 111,3 bilhões.

Essa saída conjunta foi a alavanca para a forte queda de 97,1% na captação líquida da indústria de fundos brasileira no primeiro semestre deste ano ante mesmo período de 2021. Nos primeiros seis meses de 2022, a indústria teve saldo positivo entre captações e resgate de R$ 8 bilhões. No primeiro semestre do ano passado, haviam sido R$ 272,5 bilhões.

O patrimônio líquido chegou a R$ 7,2 trilhões em junho, o que representa uma alta de 6,8% ante junho de 2021.

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Os fundos de renda fixa (RF) tiveram uma captação líquida de R$ 88,8 bilhões no primeiro semestre. Os fundos de ação (FIAs) tiveram resgate líquido de R$ 49,5 bilhões no mesmo período. Os multimercados sofreram resgate líquido de R$ 61,8 bilhões. E um outro destaque positivo, além da RF, foram os FIDCS, fundos de direitos creditórios, que tiveram captação líquida de R$ 31,6 bilhões no primeiro semestre

“O aumento da taxa de juros gera uma maior atratividade de produtos de renda fixa como os isentos de Imposto de Renda LCI, LCA, debêntures incentivadas, o que faz com que essa classe de ativos fique mais atrativa vis à vis que os fundos”, afirmou Pedro Rudge, vice-presidente da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em coletiva de imprensa.

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