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O percentual de famílias brasileiras com contas em atraso alcançou a marca histórica de 30% em setembro. Para o grupo, investir e ter uma renda passiva é um sonho ainda distante, mas não impossível, afirma Júlia Mendonça, educadora financeira – que saiu do endividamento para uma condição de independência financeira.
Com mais de 830 mil seguidores no YouTube e no Instagram, Júlia foi a convidada da edição desta terça-feira (11) do Liga de FIIs, programa produzido pelo InfoMoney e que tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter do InfoMoney.
Sem qualquer noção de finanças pessoais até seus 24 anos, a hoje influenciadora digital relata que acumulava uma dívida de mais de R$ 80 mil – que corresponderia a R$ 240 mil atualmente – com prestações do carro, da casa e certos abusos no cartão de crédito.
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“A gente gastava muito mesmo, sem pensar no amanhã”, relembra Júlia, que utilizava o alto limite do cartão de crédito para bancar seus excessos. “Naquela época, não sabia a diferença entre crédito e débito”.
Ao perceber a complicada condição financeira em que se encontrava, decidiu dar um basta e, ao lado do então noivo, hoje marido, começou a estudar sobre educação financeira em fóruns na internet.
Na rede, Júlia percebeu que pessoas “normais” com vidas “normais” conseguiam ter um poder aquisitivo bem elevado, fato que acabou inspirando a influenciadora. “Eu falei: cara, é isso que eu quero para a minha vida”.
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Em dois anos, Júlia conseguir zerar as dívidas graças ao conhecimento adquirido, planejamento e muita renda extra, afirma. “Não foi fácil, mas acabou sendo um divisor de águas para a minha vida”.
Após quitar as dívidas, é hora de investir
Em uma situação financeira mais equilibrada, Júlia começou a se especializar, em 2016, em finanças pessoais e planejamento financeiro, fazendo uma série de cursos sobre os temas.
Na época, já com uma reserva de emergência devidamente guardada na renda fixa, começou investir na Bolsa de Valores, mais precisamente em ações, também influenciada pelos sites que acompanhava.
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“Não considero que naquele momento fui irresponsável porque eu sabia muito bem onde estava colocando meu dinheiro”, explica. “Entendia os riscos e jamais vi na Bolsa um meio de ganhar dinheiro rápido”, completa.
Hoje, porém, ela sugere aos novos investidores iniciarem na renda variável pelos FIIs, menos voláteis do que as ações e pagadores de dividendos mensais – isentos de Imposto de Renda.
“As ações são um tanto complicadas, especialmente para quem nunca investiu ou mesmo para quem não se dedica a estudar e conhecer um pouco mais da dinâmica do mercado”, diz. Já o FII é mais fácil de entender, especialmente para quem já alugou ou vendeu um imóvel. É mais ‘palpável’ compreender como fazer o dinheiro girar no mercado imobiliário”, detalha.
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Além disso, Júlia cita que o acesso aos FIIs é mais fácil – com cotas custando até R$ 10 – e os fundos são geridos por ótimos profissionais, capazes de gerar valor e administrar bem o portfólio da carteira.
No caso dela, o investimento em FIIs surgiu só em 2018, após dois anos em que já estava na renda variável. Hoje, os fundos imobiliários representam 30% da carteira de investimentos da influenciadora, que conta ainda com outros produtos de renda variável – como ações e ETFs – e uma fatia em renda fixa.
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É um bom momento para investir em FIIs?
Além de considerar os FIIs como a porta de entrada para o novo investidor na Bolsa de Valores, Júlia avalia que o momento é bastante propício para o investimento em fundos imobiliários.
Mesmo com a recente valorização dos FIIs – que acumulam 12 semanas seguidas de ganhos – ainda há boas oportunidades no mercado, avalia.
“Os preços ainda estão bem atrativos”, calcula. “A Bolsa está muito legal para quem quer começar no segmento de fundos imobiliários, com muitas oportunidades”.
Os fundos imobiliários captam recursos entre os investidores para a compra de imóveis que, posteriormente, podem ser alugados ou vendidos. As receitas obtidas nas transações – locação ou ganho de capital – são distribuídas entre os cotistas, na proporção em que cada um aplicou.
Normalmente, os rendimentos (dividendos) dos FIIs são depositados mensalmente na conta dos cotistas e os recursos, uma das principais características do produto.
Em setembro, o número de brasileiros que investem em fundos imobiliários ultrapassou a marca de 1,9 milhão, quase dez vezes mais do que a quantidade registrada no final de 2018.
Na edição desta terça-feira (11) do Liga de FIIs, Júlia ainda detalhou o método que criou para selecionar fundos imobiliários. Produzido pelo InfoMoney, o programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.
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