Conheça 5 investidores que ‘chegaram lá’ e o que você pode aprender com eles

Existem vários casos de pessoas que saíram da classe média, ou mesmo da pobreza, e construíram uma fortuna no mercado de ações

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O caminho para o sucesso na hora de investir, sem sobra de dúvida, é muito árduo e complexo para todas as pessoas. No entanto, existem casos de investidores que conseguiram “chegar lá” e amealharam patrimônios dignos de deixar qualquer um de queixo caído. O InfoMoney listou cinco desses grandes investidores e compilou características de sucesso que fizeram com que cada um conseguisse trilhar seu caminho para o topo – e que podem ajudar você também.

1 – Warren Buffett
Warren Buffett tem sua imagem definitivamente associada ao personagem de investidor bem sucedido e não é para menos: nascido e criado em uma família que não pode ser considerada rica, o Oráculo de Omaha, como é conhecido, chegou ao posto de segundo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em mais de US$ 70 bilhões.

Uma as estratégias mais conhecidas de Buffett é o chamado “Buy and Hold”, onde o investidor deve escolher muito bem a empresa que quer investir, analisá-la com muita calma e então comprar a ação pensando em mantê-la em carteira por muitos anos, ou até para sempre. Buffett também é conhecido por comprar em momentos que o mercado está nervoso e vender em tempos de euforia.

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2 – Carl Icahn
Carl Icahn é outro investidor estadunidense que não nasceu rico, cresceu em um lar de classe média no bairro do Queens, em Nova York. Ele estudou medicina, desistiu, foi para o exército e, então, acabou indo parar em Wall Street. Ele ficou conhecido por seus bons resultados especialmente na década de 1980 e hoje conta com uma fortuna estimada em US$ 23 bilhões.

Icahn é famoso por seu estilo agressivo na hora de investir, ele não tem medo de comprar muitas ações de uma companhia até pressionar o conselho de administração a tomar as decisões que considere prioritárias. Assim, ele passou a ter participações relevantes ou até mesmo o controle de marcas conhecidas como a Time Warner, Netflix e Texaco.

3 – Luiz Barsi
Luiz Barsi é um investidor brasileiro que teve uma infância humilde, morou em cortiço e teve que engraxar sapatos para ajudar a família a pagar as contas. Conseguiu estudar economia e direito e passou a investir na bolsa o dinheiro que sobrava no fim do mês. Atualmente ele é um dos maiores acionistas de empresas como o Banco do Brasil, Klabin e Forjas Taurus.

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A estratégia do investidor consiste em comprar papéis baratos, negociados abaixo do valor patrimonial e, então, esperar. A disciplina também faz parte da estratégia de Barsi, ele costuma afirmar que é necessário ter a rotina de aplicar capital na bolsa todos os meses até chegar um momento em que apenas o reinvestimento de dividendos recebidos será o suficiente para aumentar o patrimônio.

4 – Peter Lynch
Peter Lynch foi gestor do Magellan Fund na Fidelity Investments e, lá, conseguiu um retorno médio de 29,2% ao ano, mais que o dobro do S&P 500 no período e tornando-o o melhor fundo mútuo em performance do mundo. Durante sua gestão, o patrimônio do fundo foi de US$ 18 milhões para US$ 14 bilhões.

O principal mantra de Lynch na hora de investir é bem simples: “invista naquilo que você conhece”. A maioria das pessoas são especialistas em determinadas áreas de conhecimento e, com isso, podem buscar ações desvalorizadas dentro das áreas que elas entendem bem. Ele ainda é conhecido por descobrir muitas oportunidades de investimento no supermercado ou andando pelas ruas com sua família ao ver marcas conhecidas.

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5 – Lirio Parisotto
Lirio Parissotto nasceu no interior do Rio Grande do Sul, em família humilde de agricultores e conseguiu erguer uma fortuna bilionária. No entanto, ele passou por diversos percalços antes de chegar em seu patrimônio atual, aplicou dinheiro na bolsa no início dos anos 1970 só para depois perder tudo – a virada em sua vida começou no início dos anos 1990.

Em 1998, Parisotto aplicou cerca de US$ 6 milhões em uma carteira de 11 ações. Na hora de decidir onde investir, o gaúcho escolhe em empresas com bom pagamento de dividendos e baixo P/L (preço sobre lucro). Ele ainda aproveitou a crise de 2008 para comprar barganhas na bolsa e aumentar seu patrimônio mais ainda, mostrando assim que não vender na baixa foi uma decisão inteligente.