Conheça a forma mais segura de ficar milionário investindo

O Tesouro Direto, atualmente, é o investimento com a maior rentabilidade do mundo para um prazo de 10 anos ou mais

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Ficar milionário investindo em ações, grande parte das pessoas sabe que é possível, mas, poucos se aventuram a isso, pois sabem do alto risco que o mercado acionário representa. Ao mesmo tempo que usar R$ 100 mil para comprar ações pode levar o investidor a chegar em R$ 1 milhão em poucos meses, esses R$ 100 mil podem simplesmente sumir nos mesmos poucos meses, devido à alta volatilidade do mercado.

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No entanto, no mundo dos investimentos, existem outras formas de se chegar a R$ 1 milhão, e de maneiras bem mais seguras. Para quem pensou na poupança, esqueça esta ideia, afinal, apesar da segurança, a rentabilidade da caderneta (0,5% ao mês ou 6,17% ao ano) quase que não supera a inflação, atualmente em 5,68%, de acordo com os últimos dados do IPCA de 12 meses. A resposta para essa pergunta é: Tesouro Direto. Um investimento tão seguro quanto a poupança e muito mais rentável.

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Quer saber mais sobre os termos usados no mercado financeiro? Acesse o glossário InfoMoney

O Tesouro Direto possui diversos tipos de títulos, que são divididos em duas categorias: prefixados e pós-fixados. Na primeira, existem as NTN-Fs, que pagam cupons semestrais, e as LTNs, que pagam o valor combinado na compra do título no dia do vencimento. Na segunda categoria têm as LFTs, que são indexadas à Taxa Selic, as NTN-Bs, indexadas ao IPCA e que pagam cupons semestrais, e as NTN-Bs Principais, também indexadas ao IPCA, mas sem os cupons.

Esses títulos possuem diversos vencimentos, desde os mais curtos aos mais longos, sendo que, quanto maior o prazo, maior a rentabilidade que ele oferece. Vale lembrar também que o investimento nestes papéis é totalmente seguro, mas desde que o investidor os segure até o seu vencimento. Caso ele precise do dinheiro e decida vender antes, pode acabar perdendo dinheiro, pois os títulos sofrem variações diárias.

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Mas, como chegar ao primeiro milhão investindo nestes títulos? O InfoMoney calculou quanto será preciso investir em cada um deles para ter R$ 1 milhão no dia do vencimento. Claro que muitos, que vencem em pouco tempo, entre 2015 e 2020, exigem uma alta quantia a ser aplicada, mas os títulos de prazos mais longos necessitam de uma quantia extremamente acessível e que podem garantir uma aposentadoria tranquila para o investidor.

Confira a seguir a tabela completa realizada pelo InfoMoney:

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*O rendimento das NTN-Bs variam de acordo com o IPCA no período. O cálculo foi feito apenas com o último dado para se ter uma base do valor necessário. Não é o valor real.

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**Não é possível saber a rentabilidade das LFTs, pois ela varia de acordo com a Selic. Portanto, especificamente neste título, não é possível saber quanto capital é necessário investir para chegar em R$ 1 milhão.

IR e inflação
Vale lembrar que este tipo de investimento não é isento de Imposto de Renda, então, é necessário colocar no cálculo este desconto. O IR cobrado é regressivo e varia de acordo com o prazo de vencimento do título.

O IR para papéis com prazo de até 180 dias é de 22,5%; para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias é de 20%; enquanto que, para títulos com prazo entre 361 dias até 720 dias, é de 17,5%; e, por fim, para aplicações com prazo acima de 720 dias, de 15%.

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O investidor ainda tem que levar em consideração que o dinheiro perde poder de compra ao longo do tempo, por conta da inflação. Ou seja, R$ 1 milhão hoje não compra as mesmas coisas que R$ 1 milhão daqui 10, 20 ou 30 anos.

Todos os dados da tabela equivalem a valores nominais, ou seja, não deflacionados. Para saber quanto seu dinheiro poderá comprar daqui 30 anos, por exemplo, ou seja, os valores reais, é necessário tirar o valor da inflação por mês até a data do vencimento.

Investimento pouco conhecido
Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores, explicou que o Tesouro Direto, hoje, é o investimento (em um período de 10 anos ou mais) mais rentável do planeta, pelo fato de termos uma das maiores taxas de juros do mundo (11% ao ano). “O treasuries norte-americanos pagam atualmente 2,69% ao ano mais a variação do dólar. Não dá para comparar”, disse.

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No entanto, isso não é algo positivo, aliás, muito pelo contrário, afinal, nos Estados Unidos, quase 70% da população está na bolsa de valores, enquanto, no Brasil, apenas 0,28%. Lá as pessoas preferem o mercado acionário, que não tem uma volatilidade excessiva como o nosso, do que a renda fixa, já que a taxa de juros norte-americana é de apenas 0,25% ao ano.

Isso mostra o que? Que além de os EUA terem uma economia equilibrada, com uma taxa de juros baixa alinhada a uma inflação também pouco expressiva, a população do país possui muita educação financeira, ao contrário daqui. No Brasil, o Tesouro Direto, mesmo sendo a aplicação mais rentável do mundo, conta com apenas 0,073% dos brasileiros (148 mil pessoas), enquanto a poupança, que não rende praticamente nada (se descontarmos a inflação), conta com 54,17% da população (108,9 milhões de pessoas). Alguma coisa está errada.