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A alta mensal de quase 30% do Bitcoin (BTC) em meio aos burburinhos sobre o lançamento do primeiro ETF (fundo de índice) com exposição direta à criptomoeda respingou nos outros ativos digitais. A capitalização do setor subiu 17% em outubro, pulando de US$ 1,08 trilhão para US$ 1,27 trilhão ao longo dos 31 dias de outubro, segundo o agregador CoinMarketCap.
No entanto, o desempenho do Bitcoin não foi o único responsável pelo crescimento das outras criptos. Parcerias fechadas com grandes companhias de capital aberto, listagens em exchanges de criptomoedas e lançamentos de novos serviços também ajudaram a dar tração para as famosas altcoins.
O destaque do mês foi a Injective (INJ), uma exchange descentralizada (DEX). O INJ, seu token nativo, decolou 80% ao longo do mês, puxado principalmente pelo anúncio da integração do projeto com o Google Cloud, anunciada na semana passada. A parceria permite que a blockchain da plataforma seja acessada por meio do serviço de nuvem da gigante de tecnologia.
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“A parceria com a Google Cloud é um desenvolvimento significativo, pois mostra que a Injective está buscando escalabilidade e confiabilidade em suas operações, algo essencial para protocolos DeFi“, disse Bertuccio, da iVi Technologies.
O segundo melhor desempenho do mês ficou com a Solana (SOL), que valorizou 79% em outubro. A alta do token nativo da plataforma, segundo Szuster, do MB, se deve principalmente ao “Solana Incubator”, um programa inovador de incubação para projetos Web3, lançado no final deste mês.
Quem anda bastante entusiasmada com a SOL é a gestora norte-americana VanEck. Em relatório recente sobre a criptomoeda, a empresa disse que sua blockchain é “fascinante” e pode integrar 100 milhões de usuários por meio de seu sistema, algo que fará o token disparar mais de 10.000% até 2030.
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A terceira posição ficou a Mina Protocol (MINA), blockchain que é considerada uma das mais “leves” do mundo. O token subiu 65,40% no mês, puxado especialmente por sua listagem na exchange sul-coreana Upbit.
As criptomoedas com as maiores altas em outubro:
Criptomoeda | Preço | Variação mensal |
Injective (INJ) | US$ 13,71 | +80,40% |
Solana (SOL) | US$ 0,02078871 | +79,80% |
Mina Protocol (MINA) | US$ 0,62 | +65,40% |
Bitcoin SV (BSV) | US$ 49,60 | +57,65% |
Pepe (PEPE) | US$ 0,000001184 | +52,49% |
Fonte: CoinMarketCap, com dados referentes às 10h do dia 31 de outubro de 2023.
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Quedas abaixo de 9%
As baixas não foram tão acentuadas em outubro no mercado cripto – nenhum ativo digital teve perdas superiores a 9%. A maior queda ocorreu na Uniswap (UNI), em parte por causa do hack de um bot do Telegram – o Unibot – usado para negociação na plataforma. O prejuízo estimado é de US$ 640 mil, disse na terça-feira (31) o perfil no X (antigo Twitter) PeckShieldAlert.
Após o UNI, o CRV, da plataforma Curve DAO, apresentou o pior desempenho do mês. A performance baixa também está relacionada com um ataque virtual recente, disse Szuster. “A Curve não chegou nem perto de recuperar o TVL (Valor Total Bloqueado, em português) que ela tinha antes do hack, algo em torno de US$ 3,5 milhões. O TVL atual é de US$ 1,8 milhão, um dos menores valores da história”.
O Maker (MKR), que registrou o terceiro pior desempenho em outubro, pode estar relacionada com a recente pressão de venda da criptomoeda. Já no caso da Mantle (MNT), segundo Bertuccio, o motivo envolve a baixa liquidez de seu token. “O Mantle é um projeto menor no espaço cripto e enfrenta desafios relacionados à sua baixa liquidez e volatilidade de preços, agravados pelo fato de ainda não ser negociado nas principais exchanges”.
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As criptomoedas com as maiores baixas em outubro.
Criptomoeda | Preço | Variação mensal |
Uniswap (UNI) | US$ 4,17 | -8,65% |
Curve DAO (CRV) | US$ 0,48 | -7,70% |
Maker (MKR) | US$ 1.384 | -6,40% |
Mantle (MNT) | US$ 0,37 | -5,00% |
Sui (SUI) | US$ 0,45 | -3,00% |
Fonte: CoinMarketCap, com dados referentes às 10h do dia 31 de outubro de 2023.