Estoque de renda fixa cresce 2% em 1 ano, aponta Cetip

Dentre os ativos que compõe o levantamento, as Letras Financeiras tiveram o maior crescimento no período (45%)

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – O estoque de renda fixa da Cetip apresentou crescimento de 2% no período que compreende março de 2012 à março de 2013. De acordo com dados da instituição, há cerca de 1 ano o estoque acumulava R$ 2,218 trilhões, valor que passou para R$ 2,273 trilhões neste ano.

Já dentre os ativos incluídos no levantamento, as LFs (Letras Financeiras) apresentaram o maior crescimento do período (45%), saindo de R$ 176 bilhões em março de 2012 para R$ 254 bilhões em março de 2013.

Em seguida, aparecem as debêntures (leasing e outros) com crescimento de 29%. “Com o cenário macro econômico atual, somado ao incentivo do governo para emissões de debêntures de infraestrutura, configuram um ambiente propício para novas emissões, em especial, das debêntures não leasing, que cresceram, no último ano, 51%”, ressalta a Cetip.

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No segmento de estoques imobiliários, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) foram as que apresentaram maior crescimento (28%), seguidas pelos CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e pelas CCIs (Cédula de Crédito Imobiliário), com incrementos de 25% e 22,2%, respectivamente.

Nos estoques agrícolas que levam em conta LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio), CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e CDCAs (Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio), o crescimento foi de 28%. “Equivalentes dos ativos imobiliários, os títulos do agronegócio ainda não possuem o mesmo sucesso. Ainda assim, observa-se um ligeiro crescimento no estoque, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Os títulos também possuem isenção de Imposto de Renda para pessoa física”, afirma a instituição.

Quedas
Em contrapartida às altas demonstradas, o estoque de títulos de crédito mostrou, como um todo, queda de 4%, puxada pela queda do ativo classificado como CCB (Cédula de Crédito Bancário) de 13%. Já as NCEs (Nota de Crédito à Exportação) e as CCEs (Cédula de Crédito à Exportação) apresentaram crescimento de 18% e 25%, respectivamente.

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Outra classe que também sofreu queda foi a de títulos de captação bancária, com valor negativo de 1%, mesmo com a alta de 47,5% das LFs. O principal responsável por essa queda foram os CDBs (Certificado de Depósito Bancário), que sofreram queda de 12,5%, enquanto os DPGEs (Depósito a Prazo com Garantia Especial) ficaram estáveis.

“Dentre os produtos de captação bancária, nota-se uma correlação negativa na evolução do volume em estoque de CDBs e LFs. Isto nos leva a observar uma provável migração parcial do volume de CDBs pra LFs, em especial entre os investidores institucionais”, explica a Cetip.

Por último, o estoque de DI foi o que registrou a maior queda (11%).