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SÃO PAULO – O cenário de investimentos ainda não é para o mercado de renda variável, acredita Marcelo Mello, vice-presidente de investimentos da SulAmérica Investimentos. O momento segue positivo para quem investe em renda fixa, especialmente na estratégia dos prefixados de vencimento curto, de acordo com o especialista.
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“A inflação implícita dos títulos públicos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) está muito alta, o que faz que os títulos prefixados sejam uma escolha preferencial nesse momento”, relata Mello.
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Além disso, a instituição financeira não trabalha com mais altas na taxa básica de juros, que deve permanecer em 14,25% até abril do próximo ano, de acordo com as projeções do economista-chefe Newton Rosa. Isso significa que os títulos prefixados podem estar em um bom momento e carregar um prêmio interessante nesse momento, aponta Mello.
Renda variável
O cenário não é favorável para quem investe na renda variável. De acordo com Mello, esse pode mudar em algum momento por conta da forte queda do real frente ao dólar, o que pode atrair investidores estrangeiros para o mercado brasileiro, mas isso não é garantido.
Dentre as recomendações em bolsa, o especialista destaca grandes exportadoras, que se beneficiam com o real desvalorizado, empresas do setor financeiro, de consumo e de papel e celulose. Entre os setores para ficar de fora estão o de siderurgia e de mineração.
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Em relação ao cenário internacional, Rosa afirma que os EUA devem ser responsáveis por boa parte do crescimento global nesse ano, com Europa ainda patinando e China envolta em incertezas. Os emergentes ficam como destaque negativo no cenário.
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