FII vende fazenda no Tocantins e embolsa R$ 73 mi de ganho de capital

O FII Riza Terrax (RZTR11) assinou compromisso para a venda da Fazenda Roma, localizada em Tupiratins (TO), por R$ 112 milhões, conforme fato relevante divulgado pelo fundo.

O espaço, de 13,7 mil hectares e utilizado para o plantio de soja, foi adquirido pela carteira em 2022, por R$ 40 milhões. Este ano, foram realizados investimentos de R$ 10 milhões no local.

Pelo acordo, o valor do negócio seria pago em seis parcelas anuais, corrigidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA.

Desta forma, a equipe de gestão calcula que a venda da fazenda gera um lucro de R$ 73 milhões (considerando a correção ao longo de toda a operação), equivalente a R$ 6,68 por cota. A taxa interna de retorno (TIR) da operação é estimada em 44%.

Atualmente, o portfólio do RZTR11 é composto por 15 ativos que somam uma área total de 60 mil hectares e um patrimônio líquido de R$ 1 bilhão.

No início do mês, o fundo pagou R$ 0,85 por cota aos seus mais de 90 mil investidores, montante que representa uma taxa mensal de retorno com dividendos de 0,85%. Em 12 meses, o percentual está em 11,5%.

Ifix hoje:

Na sessão desta quinta-feira (28), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera no campo positivo. Às 14h47, o indicador registrava alta de 0,08%, aos 3.195 pontos. Confira os demais destaques do dia.

Maiores altas desta quinta-feira (28):

Maiores baixas desta quinta-feira (28):

Fonte: B3 

Por que manter FIIs de “papel” na carteira mesmo com a queda dos juros e da inflação?

A queda dos juros e o arrefecimento da inflação podem gerar uma certa desconfiança em relação aos fundos de “papel”, que investem em títulos de renda fixa atrelados a indicadores de preços e à taxa do CDI. Dado o recnete comportamento destes índices, ainda vale a pena manter essa classe de ativo no portfólio?

O tema foi destaque da edição desta terça-feira (26) do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatti, head de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney.

O programa contou também com a participação de Mateus Lima e Thiago Bozzo, criadores do perfil TioFIIs, que produz conteúdo sobre fundos imobiliários nas redes sociais. Para eles, ainda há espaço para investir nos FIIs de “papel”.

Para Lima, o investidor não deve, de fato, esperar os dividendos turbinados de um passado recente, mas ainda faz sentido reservar parte do portfólio para essa classe de ativo, pondera.

“Aqueles dividendos eram fruto de uma inflação descontrolada, tanto do IGP-M quanto do IPCA”, recorda. “Hoje, com os preços mais controlados é natural que os FIIs de “papel” paguem dividendos menores, mas ainda assim vale a pena mantê-los na carteira”, afirma Lima.

Bozzo concorda com o sócio no TioFIIs e lembra que cada segmento de fundo imobiliário tem um papel importante no portfólio do investidor.

“Você tem de ter uma carteira de FIIs diversificada e exposta a cada um dos segmentos, e um deles é o de recebíveis”, pontua. “E a função do fundo de ‘papel’ é exatamente a de proteger o investidor das variações da inflação que, mesmo mais controlada, ainda existe”, diz.

Dividendos hoje

Confira a lista dos FIIs que distribuem dividendos nesta quinta-feira (28).

Fonte: StatusInvest