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A possibilidade de uma recuperação judicial da Americanas embutiu mais uma dúvida entre os investidores de fundos imobiliários que têm contrato de locação com a empresa. O procedimento influenciaria no pagamento de aluguel para os FIIs?
A recuperação judicial permite a uma companhia em dificuldade financeira suspender e renegociar parte das dívidas, evitando assim a falência da empresa.
Diante do rombo de R$ 20 bilhões encontrado no balanço da Americanas, especialistas apontam que o procedimento seria a alternativa mais provável a ser adotada pela varejista.
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Se confirmada, Rodrigo Medeiros, analista do DesmistificandoFII, acredita que os fundos imobiliários que alugam imóveis para a empresa não teriam perdas no longo prazo, mas talvez haveria problemas no curtíssimo prazo, prevê.
Ele explica que valores eventualmente não pagos antes da recuperação judicial poderiam entrar na lista de dívidas da empresa que seriam renegociadas – exigindo do fundo, talvez, a execução das garantias com o fiador.
Em relação aos aluguéis após a recuperação judicial, a situação tende a ser menos complexa, avalia Medeiros. Segundo ele, este tipo de despesa possui preferência frente a todos os demais credores e deve ser paga durante o período de recuperação judicial.
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“Há uma interpretação de que, se a empresa não consegue nem pagar o aluguel, poucas chances teria esta empresa de se recuperar”, reforça o especialista em fundos imobiliários durante o programa Liga de FIIs, produzido pelo InfoMoney.
O cenário, porém, não afasta totalmente o risco de impactos no fluxo de receitas dos FIIs que têm a Americanas como locatária. Durante o período de recuperação judicial, pode ser determinado a redução temporária do valor da locação – e o saldo remanescente seria pago posteriormente.
“Nada impende que o locatário continue pagando os aluguéis normalmente ou, ainda, que os [outros] valores sejam determinados pela recuperação judicial”, confirma Carlos Ferrari, advogado especialista em direito imobiliário.
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Ferrari reforça também que, em caso de recuperação judicial, o locador – neste caso os fundos imobiliários – não poderia pedir a rescisão do contrato com o inquilino.
Leia também:
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Ifix hoje
Na sessão desta segunda-feira (16), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com alta de 0,07%, aos 2.840 pontos. Confira os demais destaques do dia.
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Maiores altas desta segunda-feira (16):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
VILG11 | Vinci Logística | Logística | 2,94 |
HSML11 | HSI MALL | Shoppings | 2,87 |
HGRE11 | CSHG Real Estate | Lajes Corporativas | 2,65 |
BTAL11 | BTG Pactual Agro | Agro | 2,32 |
VINO11 | Vinci Offices | Lajes Corporativas | 1,93 |
Maiores baixas desta segunda-feira (16):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
GGRC11 | GGR Covepi Renda | Logística | -3,8 |
XPLG11 | XP Log | Logística | -2,24 |
BTLG11 | BTG Pactual Logística | Logística | -1,56 |
RECT11 | REC Renda Imobiliária | Híbrido | -1,49 |
RBFF11 | Rio Bravo Ifix | FoF | -1,48 |
Fonte: B3
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Desdobramento de cotas do [ativo=BTCI11]; preço justo de imóvel do XPCM11 é reduzido em 14%
[ativo=BTCI11] aprova desdobramento de cotas
O FII BTG Pactual Crédito Imobiliário aprovou o desdobramento das cotas do fundo na proporção uma para nove, sinaliza fato relevante divulgado pela carteira.
De acordo com o comunicado, as cotas do [ativo=BTCI11] passarão a ser negociadas na forma desdobrada a partir da abertura do mercado do dia 19 de janeiro de 2023.
Com a mudança, cada cota do fundo – que hoje está sendo negociada por cerca de R$ 80,00 – será transformada em nove papéis, que valerão aproximadamente R$ 8,88 cada.
Considerado um fundo de “papel” – o BTG Pactual Crédito Imobiliário investe em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário). O patrimônio líquido da carteira é de R$ 1 bilhão e a base de cotistas está em 36.232.
Preço justo de imóvel do XPCM11 é reduzido em 14%
O patrimônio do FII XP Corporate Macaé teve mais uma vez o valor considerado justo reduzido, de acordo com comunicado do fundo ao mercado.
A carteira é dona do edifício The Corporate, em Macaé (RJ), que teve o valor contábil reavaliado de R$ 124 milhões para R$ 106 milhões – uma queda de 14,45%.
Na reavaliação anual realizada no final de 2021, o valor justo do imóvel já havia sido reduzido em 20,72%.
Em setembro do ano passado, o XPCM11 assinou contrato para a locação de seis conjuntos do imóvel, que estava totalmente desocupado desde dezembro de 2020, quando a Petrobras (PETR4) rescindiu contrato com o FII. A taxa de desocupação do espaço atualmente está em 85%.
Dividendos hoje
Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta segunda-feira (16):
Ticker | Fundo | Rendimento |
LPLP11 | Lagoa da Pedra | R$ 9,76 |
CVBI11 | VBI CRI | R$ 1,10 |
CCME11 | Canuma Capital | R$ 0,99 |
RVBI11 | VBI Reits | R$ 0,75 |
BLCA11 | BlueMacaw Catuaí | R$ 0,56 |
Fonte: StatusInvest