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A visão de que a barra para elevar os juros nos Estados Unidos está mais alta e de que a curva futura americana teria espaço limitado para subidas mais expressivas levaram a alterações na carteira da XP.
Em novembro, a casa mudou a recomendação para a renda fixa global de neutra para positiva. Na visão da XP, a assimetria estaria cada vez positiva para retornos nessa classe de ativos, levando em conta o risco.
A XP observa que as taxas de títulos do Tesouro americano (Treasuries) com vencimento em até dois anos estão mais elevadas do que os rendimentos mais longos, o que deixa a exposição mais atrativa a títulos mais curtos em termos de risco e retorno.
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Por volta das 10h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (9), por exemplo, o rendimento oferecido pelo título com vencimento em dois anos era de 4,955%, contra 4,557% entregues pelo papel com prazo de dez anos.
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“O momento é propício para investimentos em renda fixa global, especialmente em títulos públicos americanos e papéis emitidos por empresas privadas, que estão com suas taxas nos maiores níveis dos últimos 15 anos”, observou a casa, em relatório.
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Fundos de renda fixa internacional que oferecem acesso a estratégias e ativos globais de renda fixa também poderiam ser opções interessantes para o momento, na visão da XP, já que estão com carregos nos maiores níveis dos últimos anos.
Renda fixa local
Oportunidades também dentro da renda fixa local. A maior preferência é por títulos atrelados à inflação, que estão com uma perspectiva mais positiva para a XP.
Papéis atrelados ao CDI, ou à Selic, além de prefixados seguiram com recomendação neutra em novembro.
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Com a visão de que a inflação deve rodar perto de 4% nos próximos dois anos e que não é possível descartar eventuais sustos, a XP está construtiva com as alocações atreladas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
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Já ao comentar sobre prefixados, os analistas afirmaram que o cenário segue volátil e que a alocação deve ser pensada como mais “tática e oportunista”.
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Os especialistas da casa lembraram que a curva de juros nominal foi bastante afetada pela alta volatilidade dos Treasuries em outubro e pela piora da avaliação do mercado sobre o fiscal, diante de mudanças na meta do ano que vem.
Embora a perspectiva esteja neutra para ativos pós-fixados atrelados ao CDI, ou à Selic, a XP reforçou que a posição deve ser vista como uma das mais expressivas nas carteiras conservadoras e moderadas.
“Essa parcela da alocação se apresenta como um ‘porto seguro’ para quem quiser manter a exposição em renda fixa menos suscetível ao risco de mercado”, afirmou a casa.
Fundos multimercados
Embora os últimos meses tenham sido difíceis para fundos multimercados, a casa manteve a perspectiva positiva para a classe em novembro, tanto para produtos locais, quanto para globais.
“Reforçamos o papel relevante desses fundos em um portfólio no sentido de manter ou até diminuir a volatilidade, aumentando o retorno esperado”, destacou a XP.
Na casa, a recomendação é que investidores com perfil conservador mais cauteloso separem até 10% da carteira para alocar em multimercados. Já quem tiver o perfil mais moderado pode aplicar entre 20% e 21% do portfólio, enquanto mais agressivos devem investir 14%.
Pelo fato de operarem de forma tática em diversos mercados, a sugestão da XP é que o investidor não tente acertar o momento exato de investir ou resgatar de fundos multimercados, mas sim fazer uma grande diligência do gestor e do fundo antes de investir, ou de sair do produto.
Visão positiva
Novembro também foi de manutenção de uma perspectiva mais positiva da XP para a renda variável local, assim como para fundos listados e ativos reais, além de fundos de private equity e venture capital.
“Em um cenário global mais complexo, com menor liquidez, o capital privado, seja via ações [private equity e venture Capital] ou via dívida/crédito, pode representar uma alternativa para as empresas captarem recursos, favorecendo a originação de bons ativos e/ou lançamentos de novos produtos”, destacou a XP.
Nesse sentido, a casa diz que tem usado parte da exposição a ativos considerados alternativos para capturar movimentos táticos em fundos mais líquidos, caso de fundos imobiliários dos segmentos de shoppings, galpões logísticos e lajes corporativas.