Índice de dividendos (IDIV) foi o único de renda variável da B3 a superar a inflação em 2022

Entre os índices de renda variável da B3, o Índice de Dividendos (IDIV) foi o único a superar a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, segundo levantamento do TradeMap. O IPCA no ano passado foi de 5,79%, segundo divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE.

Considerando a rentabilidade real, já descontada a inflação, o IDIV teve ganhos de 6,49%, ocupando a segunda posição no ranking de investimentos, atrás apenas do IHFA – índice que mede o desempenho de fundos multimercados e acumulou rentabilidade real de 7,45%.

Além desses dois índices, apenas o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) – principal indicador da renda fixa, que segue o desempenho da Selic – teve rentabilidade superior à inflação, somando 6,24%.

Entre as 13 aplicações analisadas pelo TradeMap, apenas cinco tiveram ganho real. Na contramão, as que tiveram maiores perdas reais foram o Bitcoin (-68,27%), o Índice de BDRs Não Patrocinados global (BDRX), que recuou 31,99%, e o Índice de Small Caps (SMLL), com queda de 19,70%.

Observando o ganho nominal, desconsiderada a inflação, apenas sete aplicações tiveram desempenho positivo em 2022, com destaque para: IHFA (13,66%), IDIV (12,65%), CDI (12,39%), IMA-Geral – formado por uma carteira de títulos públicos – (9,66%) e Poupança (7,90%).

Confira o ranking completo abaixo:

 Fonte: TradeMap. Obs: o IPCA foi de 5,79% em 2022.

Nova carteira do IDIV

A nova carteira teórica do IDIV, que reúne ações com destaque no pagamento de proventos, dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), entrou em vigor na segunda-feira passada (2) com validade até abril de 2023. Um total de 50 ações passam integrar o índice, contra 52 da composição que vigorou até dezembro.

Entre os papéis que entraram estão Irani (RANI3), Marfrig (MRFG3), Lavvi (LAVV3), Cury (CURY3) e Vibra (VBBR3).

As ações que saíram do IDIV foram Bradesco (BBDC4; BBDC3), Bradespar (BRAP3), Copel (CPLE3), Tegma (TGMA3), Ferbasa (FESA4) e Grendene (GRND3).

Segundo a metodologia, para integrar o IDIV os ativos precisam estar entre os mais negociados, presentes em 95% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores. Além disso, é importante estar dentro dos 33% de ativos com os maiores dividend yields (taxa de retorno com dividendos) distribuídos nos últimos três anos e ter uma cotação superior a R$ 1.

Os ativos podem ser excluídos se, em ordem decrescente de dividend yield, forem classificados acima dos 44% de ativos elegíveis. Se a soma dos dividend yields dos últimos quatro quadrimestres for zero ou se durante a vigência da carteira os ativos passam a ser listados em situação especial, como recuperação judicial, serão retirados do IDIV.

Confira a composição completa da nova carteira teórica do Índice Dividendos da B3 (IDIV):

Fonte: B3