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SÃO PAULO – Quem investe em ações – e mesmo aqueles que não investem – provavelmente já conhece ou pelo menos já ouviu falar no Ibovespa (Índice Bovespa, carteira teórica que reúne as empresas mais negociadas na BM&FBovespa).
Mas, além do Ibovespa, existem diversos outros índices, que também podem ser usados como referência pelos investidores.
IbrX (Índice Brasil), SMLL (Índice Small Caps), IEE (Índice de Energia Elétrica) e ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) são apenas alguns dos 20 referenciais (além do Ibovespa) que são calculados pela bolsa paulista. “Os índices da BM&FBovespa são indicadores de desempenho de um conjunto de ações, ou seja, mostram a valorização de um determinado grupo de papéis ao longo do tempo”, diz o site da bolsa.
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É preciso acompanhar os índices?
De acordo com especialistas, quem possui uma carteira de ações focada em algum segmento deve acompanhar estes índices para ter um referencial mais aproximado em relação ao desempenho dos seus ativos em relação ao mercado.
“Quem tem papéis de empresas de energia elétrica pode olhar para o IEE para saber se o desempenho das suas ações está de acordo com o referencial”, afirma o analista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi.
O mesmo acontece com aqueles que investem em ações de empresas que pagam bons dividendos (distribuição do lucro aos acionistas minoritários) e também nos demais segmentos. “Se você compra ações com objetivo de ganhar dividendo, é mais importante acompanhar o IDIV (Índice Dividendos) do que o Ibovespa”, afirma Galdi.
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O diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, ressalta que, ao acompanhar algum indicador, o investidor deve saber quais ações fazem parte da carteira teórica. “Quando você olha para o indicador, tem que entender quais as ações fazem parte dele e qual o peso para o cálculo. Como cada ação tem um peso diferente, pode ser que as seus papéis estejam em alta e o índice em baixa e vice-versa”, diz Cardoso.
Alguns dos principais índices:
Ibovespa – Índice Bovespa
O Índice Bovespa é principal indicador de desempenho médio das cotações do mercado acionário brasileiro. “Sua relevância advém do fato do Ibovespa retratar o comportamento dos principais papéis negociados na BM&FBOVESPA e também de sua tradição, pois o índice manteve a integridade de sua série histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação em 1968”, diz o site da bolsa.
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O índice nada mais é do que uma carteira teórica que reúne, atualmente, as 68 ações com maior volume de negociação do mercado acionário nacional.
“A finalidade básica do Ibovespa é a de servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, sua composição procura aproximar-se o máximo possível da real configuração das negociações à vista (lote-padrão) na BM&FBovespa”, diz a BM&FBovespa.
IbrX – Índice Brasil
O Índice Brasil mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na bolsa, em termos de número de negócios e volume financeiro.
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Segundo a Bovespa, as ações são ponderadas na carteira do índice de acordo com o número de papéis disponíveis no mercado.
IDIV – Índice Dividendos
Se você aposta em uma carteira defensiva e gosta de garantir rentabilidade com o pagamento de dividendos, o melhor referencial é o IDIV.
Este índice mede o comportamento das ações das empresas que se destacaram em termos de remuneração dos investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio
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MLCX – Índice Mid Large Cap e SMLL – Índice Small Cap
O MLCX e o SMLL têm por objetivo medir o comportamento das empresas listadas na bolsa de modo segmentado.
Enquanto o índice Mid Large mede o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de maior capitalização, e o índice Small Cap calcula o retorno de uma carteira composta por empresas de menor capitalização.
ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial
Para quem se preocupa com questões de sustentabilidade e governança corporativa e gosta de investir em empresas comprometidas com estes temas, é interessante acompanhar o ISE.
De acordo com a bolsa paulista, o objetivo do índice é refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas “com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro”.
IEE – Índice de Energia Elétrica
O IEE foi o primeiro índice setorial da BM&FBovespa, lançado em agosto de 1996, com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica.
“Dessa forma, constitui-se em um instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras especializadas nesse setor”, diz a Bovespa.
Outros índices da BM&FBovespa:
-Índice Brasil 50 – IBrX-50
-Índice Brasil Amplo – IBrA
-Índice Carbono Eficiente – ICO2
-Índice Setorial de Telecomunicações – ITEL
-Índice do Setor Industrial – INDX
-Índice de Consumo – ICON
-Índice Imobiliário – IMOB
-Índice Financeiro – IFNC
-Índice de Materiais Básicos – IMAT
-Índice Utilidade Pública – UTIL
-Índice Valor BM&FBOVESPA – IVBX-2
-Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada – IGC
-Índice de Governança Corporativa Trade – IGCT
-Índice de Ações com Tag Along Diferenciado – ITAG
Renda fixa
Na renda fixa também existem uma série de índices que servem como benchmark para fundos de investimentos e outras aplicações de renda fixa. É o caso da família IMA (Índice de Mercado Anbima).
Dentro desta família, é possível encontrar o IMA-B (que mede o desempenho das NTN-B – títulos atrelados ao IPCA), o IMA-C (que mede o desempenho das NTN-C – títulos atrelados ao IGP-M), o IMA-S (que mede o desempenho das LTF – títulos atrelados à Selic) , além de outros subíndices e do IMA Geral ( média ponderada dos retornos diários do IMA-B, IMA-C, IMA-S e IRF-M).
