Investidores de 40 FIIs terão dividendos extras em janeiro; confira a lista e quem tem direito aos rendimentos

Estudo do InfoMoney aponta que 40 fundos imobiliários pagarão em janeiro de 2023 mais dividendos do que o montante repassado no mês anterior. O levantamento toma como base apenas os 111 FIIs que compõem o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na B3.

Os rendimentos são referentes às operações de dezembro, mês tradicionalmente marcado por acréscimo no repasse de recursos aos cotistas. Apenas investidores com posição no final de 2022 terão direito aos dividendos deste mês.

As justificativas para o aumento nos dividendos podem ser diversas e vão desde o repasse do reajuste nos contratos de locação até a sazonalidade operacional das carteiras. Os fundos de shopping, por exemplo, recebem uma parcela nas vendas das lojas – e consequentemente acabam elevando as receitas em períodos de aquecimento do consumo, como é o caso do final de ano.

Mas o principal fator para o salto dos dividendos em dezembro é mesmo o repasse de rendimentos acumulados e não distribuídos até então. Pela lei, um fundo imobiliário é obrigado a pagar pelo menos 95% do lucro obtido a cada semestre aos seus cotistas – embora boa parte das carteiras opte pelo repasse parcial destes ganhos a cada mês. A parte retida no período costuma ser depositada exatamente no final de cada semestre.

É o caso do CSHG Renda Urbana (HGRU11) que, após a venda de uma série de imóveis ao longo dos últimos meses, distribuiu o ganho de capital auferido nas operações. No próximo dia 13, o fundo pagará R$ 2 por cota, montante R$ 1,18 superior ao que estava sendo pago pelo fundo. Em termos percentuais, o destaque ficou para o REC Logística (RELG11), que apresentou aumento de 179% nos rendimentos anunciados entre novembro e dezembro – e pagos nos meses seguintes. Confira a lista completa.

Fonte: CVM

(*) O FII Hedge Office Income não distribuiu não anunciou dividendos em novembro.

Gestores reforçam que o aumento dos dividendos na virada do semestre é extraordinário, ou seja, após o período, o rendimento repassado tende a voltar para o patamar observado nos meses anteriores.

Leia também:

• Dividendos turbinados: por que dezembro pode ser o melhor mês do ano para investir em FIIs? Entenda

Ifix hoje

Na sessão desta quarta-feira (4), o Ifix fechou em queda de 0,29%, aos 2.846 pontos. Confira os demais destaques do dia:

Maiores altas desta quarta-feira (4):

Maiores baixas desta quarta-feira (4):

Fonte: B3

Imóveis do VCRR11 têm valor justo elevado; nova oferta do HBCR11

Confira as últimas informações divulgados por fundos imobiliários em fatos relevantes

Imóveis do VCRR11 têm valor justo elevado em 7,8%

Laudo da Colliers International do Brasil, consultoria do setor imobiliário, aponta aumento de 7,8% no valor considerado justo dos imóveis do Vectis Renda Residencial.

A reavaliação representa um acréscimo de 6,9% no patrimônio líquido do fundo, considerando o valor da cota da carteira negociada no final de 2022.

Atualmente, o portfólio do VCRR11 é composto por quatro imóveis que, juntos, somam uma área bruta locável (ABL) de 12.171 metros quadrados.

Todos os espaços estão localizados na cidade de São Paulo e estão em fase de obras. O prazo de entrega, de acordo com o último relatório gerencial do fundo, varia entre o primeiro e o segundo semestre de 2023.

HBCR11 quer captar quase R$ 63 milhões em nova oferta

O FII HBC Renda Urbana aprovou a realização da segunda emissão de cotas do fundo, que pretende captar R$ 62,9 milhões, sinaliza fato relevante divulgado pela carteira.

De acordo com o comunicado, o valor unitário para a subscrição dos novos papéis foi fixado em R$ 104,90. Não haverá taxa de distribuição.

Na abertura da sessão desta quarta-feira (4), as cotas do HBCR11 estavam sendo negociadas a R$ 115. O valor patrimonial do fundo – espécie de valor justo – está em R$ 105,15 por cota.

O comunicado do FII HBC Renda Urbana não menciona direito de preferência para os atuais cotistas do fundo.

Focado no investimento de imóveis comerciais, a carteira tem hoje um patrimônio líquido de R$ 80 milhões.