Investidores se baseiam em recomendações, mas tomam decisões sozinhos

Segundo o educador financeiro Mauro Calil, "esse seria o comportamento mais indicado por parte do investidor"

Patricia Alves

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SÃO PAULO – Como você toma suas decisões de investimentos? Baseia-se em suas próprias análises ou segue à risca a recomendação de analistas?

Enquete do portal InfoMoney, respondida por 2.162 usuários, indicou que a maior parte dos investidores toma as decisões de investimentos conforme a própria análise, mas prestam atenção às recomendações.

Em resposta à pergunta: “Suas decisões de investimentos são determinadas por recomendações de analistas?”, 42,69% dos participantes disseram que “usam as recomendações como base, mas grande parte das decisões são tomadas conforme suas próprias avaliações”.

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Pouco mais de 40% dos respondentes, no entanto, disseram que “investem apenas com base em análises e conhecimentos próprios”.

Resultado
Apesar de a maioria se dizer autoconfiante nas próprias avaliações, quase 10% disseram que tomam decisões com base nas recomendações, mas que também procuram se informar sobre a empresa por conta própria.

Uma minoria (6,8%) disse que ajusta a carteira de acordo com as recomendações, como mostra a tabela abaixo:

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Suas decisões de investimentos são determinadas por recomendações de analistas? 
Resposta %
Sim, ajusto minha carteira de acordo com as recomendações semanais ou mensais da minha corretora 6,8%
Sim, mas também procuro me informar sobre a empresa por conta própria 9,76%
Uso as recomendações como base, mas grande parte das decisões são tomadas confirme minha avaliação 40,69%
Não, invisto apenas com base nos meus próprios conhecimentos e análises 40,75%
Fonte: Enquete InfoMoney realizada com 2.162 usuários;
O resultado não tem valor de amostragem científica 

Certo ou errado?
De acordo Mauro Calil, educador financeiro e fundador do Centro de Estudos & Formação de Patrimônio Calil&Calil, o mais indicado, principalmente para as pessoas com mais consciência financeira, é realmente buscar parâmetros e, partir daí, tirar as próprias conclusões. “Esse seria o comportamento mais indicado e consciente, por parte do investidor”.

“Os mais de 40% que disseram que investem apenas com base nos próprios conhecimentos e análises me assustam”, opina Calil. Segundo ele, mesmo para um investidor experiente, avaliar recomendações e informar-se é de extrema importância para o sucesso das aplicações, principalmente para evitar “vícios” e erros do passado. “Investir hoje da mesma forma que investíamos na década de 80 significa, na certa, perder dinheiro”, avalia.