Invisto em CDI e poupança, mas quero ajuda para mudar as aplicações

Cezar Chiarantano Junior, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Minha dúvida é a seguinte: tenho 22 anos e cerca de R$ 37 mil investidos, sendo R$ 13 mil em CDI, R$ 24 mil na poupança e tenho condições de investir R$ 1 mil por mês. Tenho perfil conservador e quero mudar meus investimentos. Gostaria de saber quais são as melhores opções no médio prazo.

Leitor: Rodrigo

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Resposta de Cezar Chiarantano Junior, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

Oi, Rodrigo,

Em primeiro lugar já lhe parabenizo pela preocupação com o planejamento financeiro e pela capacidade de poupança mesmo sendo ainda muito jovem.

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Até que você venha a conhecer melhor os produtos financeiros, os mais arriscados inclusive, é prudente priorizar a acumulação em produtos conservadores. Por outro lado, não se pode desprezar que vivemos em ambiente de alta inflação e assim, devemos avaliar a rentabilidade dos produtos financeiros sempre em termos reais, descontando a inflação que hoje gira em torno de 6% a 6,5% ao ano. É neste contexto que a alocação em Poupança, cujo rendimento mal recupera as perdas pela inflação, só se justifica quando há no horizonte de curto prazo a expectativa de alguma aquisição relevante, ou quando a mesma é tratada como reserva estratégica para uso emergencial ou ainda, finalmente, como meio de acúmulo temporário para acesso a produtos mais sofisticados e que exigem volumes maiores de entrada e pesquisa, tais como os fundos de investimentos, debêntures, letras de crédito, letras financeiras, entre outros.

A citação de horizonte de investimento de médio prazo me leva a refletir sobre alternativas para alocação entre 2 e cinco anos e, considerando que no cenário econômico atual podemos estar no pico de taxa de juros ou muito próximos a ela, entendo como bom momento a opção pelos títulos públicos, facilmente acessíveis pelo sistema do Tesouro Direto mas você deverá proceder as aplicações por intermédio de uma Corretora de valores. Os títulos públicos mais comumente negociados são: LFT (rendimento indexado à taxa Selic), LTN (taxa predefinida, por exemplo 11,88% ao ano) e a NTN (rendimento vinculado à inflação mais um prêmio de risco, por exemplo IPCA + 5,70% ao ano). Há várias opções de prazo de vencimento mas as de prazo mais curtos, até 2020, são bem recomendáveis porque o importante neste tipo de aplicação é levá-lo até o seu vencimento, pouco importando o que significa cada umas destas siglas. Os títulos públicos são considerados os investimentos livres de risco do mercado brasileiro.

E por que não tratarmos do longo prazo? Os fundos de previdência mais atuais estão mais competitivos, diminuindo as taxas de administração e oferecendo devolução das taxas de carregamento depois de um prazo. Além do caráter educativo, os fundos de previdência (VGBL e PGBL) tem tratamento fiscal diferenciado e, já existem também algumas opções de produto de perfil mais arrojado (com alocação em ações). Correr o risco da renda variável em produtos estruturados, com horizonte de longo prazo e geridos por profissionais do ramo é bem menos arriscado do que parece.

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O bom investimento é aquele se faz de forma consciente e resultado de uma escolha estratégica entre várias alternativas. Continue se informando cada vez mais e boa sorte!

Cezar Chiarantano Junior é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

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Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos… 

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento. 

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos. 

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes. 

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis. 

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações. 

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas. 

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você! 

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF