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SÃO PAULO – A Mirae Asset tem planos para lançar no Brasil, a partir do ano que vem, cinco ETFs – Exchange Traded Funds –, que são fundos passivos de índices comercializados como ações. Depois de ser a primeira gestora de recursos a lançar um ETF de renda fixa no mercado brasileiro, a aposta é em promover a diversificação.
Os cinco fundos que a empresa coreana tem planos para abrir no Brasil são: um ETF que acompanha o desempenho de ações de empresas globais de tecnologia de ponta (o Robotics and artificial intelligence ETF); um fundo de Super Dividendos, que segue o desempenho das 100 ações com os maiores dividend yields (dividendo dividido pelo preço das ações) no mundo; o terceiro é um ETF focado em empresas com alto grau de sustentabilidade e governança corporativa; o quarto busca exposição a companhias valorizadas pela geração millennial; e o quinto seria atrelado a um índice setorial ainda não definido.
Segundo Jisang Yoo, presidente da Mirae Asset Global Investments no Brasil, os planos de estruturação dos fundos serão colocados em prática – bem como as conversas com os órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – assim que houver certeza de que existe demanda para essas modalidades de investimento no Brasil.
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“Já existem diversos investidores brasileiros que criaram contas offshore para investir nos nossos ETFs. A ideia agora é levar esses produtos aos investidores locais sem que eles precisem ir para o exterior para investir”, explica Vitor Batista, chefe de vendas da Mirae Asset.
No Canadá, a Mirae tem um ETF ligado a maconha com mais de US$ 1 bilhão em ativos chamado Horizons Marijuana Life Sciences Index ETF. O fundo não está disponível para investimento dos brasileiros, mas faz muito sucesso entre os estrangeiros atualmente.
Diversificação
De acordo com Jisang Yoo, o momento atual de taxa de juros na mínima histórica no Brasil torna mais difícil para o investidor conseguir bons retornos sem tomar muito risco.
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“Antes, o investidor podia praticamente sem risco ganhar um juro real de 10% no Brasil, agora, ele ganha no máximo 2% ou 3% além da inflação. Esse nível de rendimento não é aceitável para qualquer tipo de investidor”, diz.
Fora isso, Yoo lembra que muitos fundos de investimento possuem taxas de administração mais taxas de performance na casa dos 1,5% ou 2%, o que pode eliminar completamente o ganho dos investidores. Esse problema, na visão do executivo, é mitigado nos ETFs, que possuem taxas em torno de 0,3%.
“É por isso que a diversificação será importante e as pessoas buscarão ações, imóveis e produtos internacionais”, avalia. Yoo entende que o mercado de ETFs se beneficia desse cenário, pois é um instrumento fácil de fazer e vender, com taxas de administração muito baixas.
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O executivo ressalta ainda que há muito espaço para crescer no mercado brasileiro, uma vez que há apenas 1 milhão de CPFs cadastrados na nossa Bolsa de Valores. “Nosso alvo são as pessoas físicas. Nós já temos o interesse dos grandes investidores institucionais, que são muito importantes para nós, mas por que não ir atrás do varejo agora?”, questiona.
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