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SÃO PAULO – Os investimentos do brasileiro no varejo atingiram R$ 1,55 trilhão no ano passado, volume 9,7% maior do que o observado em 2015, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O crescimento foi influenciado, principalmente, pelo segmento de varejo alta renda, que concentrou 44,9% dos investimentos no ano passado e teve crescimento de 18,6%. Os recursos investidos pelo varejo tradicional somaram R$ 853,6 bilhões e avançaram 3,3% no ano.
Na distribuição por produtos, as alocações em cadernetas de poupança ainda respondem pela maior parte dos recursos, com 39,4% do total investido, o equivalente a R$ 610,7 bilhões. Este produto, contudo, foi o que menos cresceu entre 2015 e 2016, com variação de apenas 1,1%.
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O movimento pode ser explicado pela menor atratividade da poupança em um cenário de taxas de juros elevadas. Além disso, 2016 foi o segundo ano consecutivo com resgate líquido na caderneta de poupança, com R$ 40,7 bilhões.
Veja onde os brasileiros investiram no varejo tradicional:
Investimentos | Participação no total de recursos |
Poupança | 62,5% |
Títulos e valores imobiliários | 23,5% |
Fundos de investimentos | 14% |
As aplicações em títulos e valores mobiliários mantêm a segunda posição entre os clientes do varejo, com R$ 532,3 bilhões, e crescimento de 10,2% em comparação a 2015.
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“Com o acesso cada vez maior dos clientes às informações do mercado financeiro, é natural a tendência de diversificação dos investimentos, principalmente em alternativa à poupança”, diz José Rocha, presidente do comitê de barejo da Anbima.
Tanto no segmento tradicional como no de alta renda, os CDBs e as LCIs continuam sendo os títulos mais utilizados, embora os títulos isentos tenham perdido espaço no ano passado.
No fim de 2016, o número de clientes do varejo chegou a 69.501, sendo 91,9% enquadrados no segmento tradicional. O número de investidores do varejo alta renda cresceu 11,5%, chegando a 5.650 clientes. A maior parte dos clientes (53,2%), assim como do volume de recursos (64%), permanece concentrada na região Sudeste.
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Distribuição dos investimentos em títulos e valores mobiliários:
Investimentos | Participação no total de recursos |
LCI | 34,3% |
CDB/RDB | 33,7% |
LCA | 13,8% |
Operações compromissadas | 9,4% |
Ações | 4,4% |
Tesouro direto | 3,8% |
Debêntures | 0,3% |
Outros | 0,4% |