Otimista, Verde vê muito espaço para ciclo virtuoso de crescimento global a partir do 1º semestre de 2020

Fundo teve ganhos em outubro com posições de ações, juros reais e exposição comprada em real

Beatriz Cutait

(Shutterstock)
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SÃO PAULO – Os efeitos do início de uma retomada econômica, especialmente do setor manufatureiro global, não parecem estar nos preços do mercado financeiro. A avaliação parte da Verde Asset, para a qual há evidências, “por enquanto ainda tênues”, de que o acordo entre Estados Unidos e China pode gerar redução importante de incerteza com impactos positivos no crescimento.

“Alguns indicadores começam a apontar nessa direção, e preços de ativos cíclicos também sinalizam isso, mas há ainda muito espaço para um ciclo virtuoso de crescimento e mercados, adentrando no primeiro semestre do próximo ano. Esse vento a favor deve dar impulso adicional para a história de crescimento do Brasil que temos reforçado ao longo do ano”, destacou a gestora de Luis Stuhlberger, em sua carta mensal aos cotistas referente ao mês de outubro.

Com um tom que tem se mantido otimista, a Verde destacou que o contexto global transcorreu em grande medida dentro das expectativas ao longo do mês. O lendário fundo Verde teve ganho de 0,89% em outubro, acima da variação do CDI (0,48%) e, no ano, tem alta de 11,19%, também batendo o referencial (5,17%).

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A casa destacou que avalia que o conflito comercial entre americanos e chineses continua a caminhar para uma solução que, embora seja temporária e não resolva todas as questões, gera benefícios para os dois lados. “Nossa convicção sobre os incentivos apontarem na direção de um acordo se mantém. Vale dizer, no entanto, que os preços de ativos já incorporaram essa realidade ao longo de outubro.”

O fundo teve ganhos no mês passado com suas posições de ações, juros reais e com a exposição comprada (com aposta na alta) em real. As perdas, por sua vez, vieram de hedges em juros prefixados.

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Para novembro, o fundo manteve a mesma posição em ações brasileiras e uma pequena exposição em ações globais. A posição aplicada em juro real foi novamente alongada, em conjunto com a implementação de hedges na parte curta da curva de juros prefixados. A posição tomada em inclinação de juros nos EUA foi mantida, enquanto a alocação vendida no dólar contra o real via opções foi reduzida passivamente.

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.