SÃO PAULO – Com uma injeção maciça de recursos em dezembro, a caderneta de poupança reverteu o movimento negativo acumulado até novembro e encerrou 2019 com depósitos maiores que as retiradas de recursos pelo terceiro ano seguido.
No mês de encerramento de 2019, a captação líquida da poupança atingiu R$ 17,2 bilhões, o segundo maior valor mensal desde o início da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995, abaixo apenas do resultado de dezembro de 2017 (R$ 19,4 bilhões).
Com isso, em 2019, os depósitos (R$ 2,47 trilhões) superaram os resgates (R$ 2,46 trilhões) em R$ 13,3 bilhões.
Em 2017 e em 2018, a caderneta também teve captações líquidas de recursos, de R$ 17,1 bilhões e R$ 38,3 bilhões, respectivamente.
Historicamente, o mês de dezembro costuma ser de maior ingresso financeiro na poupança. Por trás do expressivo movimento do mês passado, podem estar o pagamento do 13º salário e também a continuação dos saques de contas ativas ou inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
De acordo com a Caixa Econômica Federal, até o início deste ano, foram pagos cerca de R$ 24 bilhões do saque imediato do FGTS a mais de 50 milhões de trabalhadores, 60% do total originalmente previsto pelo governo.
Baixa rentabilidade
Com a taxa básica de juros em trajetória de queda, o rendimento da caderneta também tem diminuído. A Selic no patamar de 4,5% ao ano significa um retorno atual de 3,15% da poupança.
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Com rentabilidade de 0,29% em dezembro, a caderneta rendeu 4,26% em 2019, ante um CDI de 5,96%.
E o investidor precisa se atentar à variação da inflação, que pode corroer seu poder de compra no tempo. Para 2020, é esperada inflação de 3,6%, o que, no atual cenário da Selic, levaria à perda de dinheiro na caderneta.
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