Preço da Worldcoin, do criador do ChatGPT, rompe lógica de novos tokens e fica estável apesar de polêmica

Projeto de Sam Altman visa criar uma "rede de identidade e financeira" baseada em blockchain, e tem um token próprio

Paulo Alves

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A criptomoeda WLD, da Worldcoin, novo projeto do fundador do ChatGPT, Sam Altman, vem surpreendendo em termos de desempenho, principalmente na comparação com outros ativos digitais recém-lançados.

A criptomoeda manteve um preço estável entre US$ 2 e US$ 2,50 desde seu lançamento em 24 de julho, portanto rompendo com a lógica de “sobe e desce” de muitos novos tokens.

Notícia positiva para quem decidiu trocar as informações biométricas dos olhos pela criptomoeda. Mais de 2,2 milhões de pessoas se inscreveram para receber “de graça” a Worldcoin, desde que, para isso, tenham suas íris escaneadas para criar uma identificação digital.

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No Brasil, a criptomoeda está sendo distribuída em São Paulo para quem topa baixar um aplicativo, fazer um cadastro e ter os dados biométricos dos olhos capturados por um aparelho futurista chamado de “Orb“.

A Worldcoin visa criar uma “rede de identidade e financeira” baseada em blockchain. Para funcionar, ela tem uma moeda digital nativa, a WLD.

O documento informativo da Worldcoin disponível no site oficial diz que, nos próximos 15 anos, um total de 10 bilhões de tokens serão lançados no mercado. A oferta circulante era de 120 milhões de tokens na segunda-feira (7), mostram dados do rastreador de mercado CoinGecko, cerca de 1,2% da oferta futura total planejada.

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Algumas empresas de tecnologia estão entusiasmadas com o plano da Worldcoin de fornecer um sistema de identificação digital baseado no que chama de “prova de personalidade”, com o projeto apoiado por investidores, incluindo Andreessen Horowitz.

O analista da PitchBook, Robert Le, disse que há várias startups tentando construir sistemas de identidade digital baseados em blockchain, mas nenhuma na escala da Worldcoin.

A aposta da empresa é que isso se tornará mais importante à medida que os bots de inteligência artificial aumentam a necessidade de verificação de pessoas online.

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Investidores de varejo

James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, disse que espera que os compradores no momento sejam investidores de varejo, já que a incerteza sobre se a Worldcoin é um valor mobiliário pode tornar os players institucionais mais cautelosos.

Mais de 50 altcoins — termo que se refere a criptomoedas menores que Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) — foram rotuladas como valores mobiliários pela Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA), de acordo com a CCData.

Os vigilantes de dados na Alemanha estão investigando a Worldcoin desde novembro do ano passado e a empresa foi obrigada a interromper suas operações de escaneamento do globo ocular no Quênia na semana passada, devido a preocupações sobre riscos potenciais à segurança pública.

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“Nunca é otimista para um token ser investigado pelos reguladores”, disse Riyad Carey, analista de pesquisa da empresa de análise de blockchain Kaiko.

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A Worldcoin diz que é “totalmente privada”, que seu sistema de identificação é “projetado para permitir ações anônimas”, nenhum dado pessoal é divulgado por padrão e que as imagens biométricas não são compartilhadas com a Worldcoin, a menos que o usuário escolha.

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A empresa diz que está trabalhando em estreita colaboração com os reguladores, e já está mirando uma forma de monetização: oferecer a tecnologia dos “Orbs” para empresas interessadas em escanear olhos.

(Com Reuters)

Paulo Alves

Editor de Criptomoedas