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SÃO PAULO – A Mirae Asset Global Investments anunciou neste mês a criação do primeiro ETF (Exchange Trade Fund) de renda fixa do Brasil. O produto, já aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), funciona como um fundo de renda fixa, mas, como ETFs “tradicionais”, suas cotas podem ser negociadas entre investidores via pregão eletrônico – isso pode aumentar o lucro do investidor via venda em momentos mais atrativos, por exemplo.
O lançamento se antecipou a um edital do Tesouro Nacional que está selecionando um gestor para o mesmo tipo de produto. A emissão inicial deste programa, divulgado no Diário Oficial da União em maio, é de R$ 300 milhões em títulos públicos, e a e a gestora selecionada terá um prazo de 18 meses para lançar o produto.
Este ETF terá um indexador próprio, que permite exposição à taxa de juros prefixada e mede o retorno do investimento por meio de uma carteira teórica calculada pela S&P Dow Jones Índices, com Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia (DI1) e que compreende o período aproximado de três anos. A Mirae diz que a pesquisa para a criação deste indexador durou dois anos.
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Para o presidente da Mirae Asset no Brasil, Jisang Yoo, o interesse do governo neste produto é “um verdadeiro marco para o desenvolvimento econômico do País, já que é um produto que ganha cada vez mais espaço no mercado internacional e se mostra bastante rentável para diversos tipos de investidores”. Ainda assim, a opção da gestora foi trabalhar sozinha.
Na prática, o ETF de Renda Fixa é um investimento que segue o desempenho de um índice, pois contém os mesmos ativos e busca refletir integralmente as variações e rentabilidade antes de taxa e despesas. “Queremos atingir, principalmente, o investidor com perfil de Renda Fixa disponibilizando instrumento com toda a transparência e acesso do Mercado Organizado na B3.
Outro atrativo é a possibilidade do investidor de negociar suas cotas com outros interessados e acompanhar seu rendimento de maneira rápida e eficiente por meio do pregão eletrônico disponibilizado nas plataformas de negociação”, diz o diretor de Investimentos da Mirae Asset no Brasil, André Pimentel.
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Comparado a um fundo de renda fixa comum, o ETF chama a atenção pela taxa de administração, de apenas 0,3% ao ano. “O fundo também poderá atrair investidores estrangeiros por conta da possibilidade do benefício fiscal, que inclui a isenção de IR e zero de IOF”, destaca a Mirae. Vale lembrar que a indústria de fundos de renda fixa vale mais de R$ 1,9 trilhão. A expectativa da empresa é que o mercado de ETFs de renda fixa atinja patamares elevados.
“Ao adquirir cotas do ETF de Renda Fixa, o investidor passa a deter ativos de renda fixa da carteira teórica do índice de referência, sem a necessidade de comprá-los no mercado, o que poderia envolver mais custo nessas negociações. Com isso, pretendemos democratizar o baixo custo e a boa rentabilidade também aos pequenos investidores”, explica Pimentel.
O que é um ETF?
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De maneira geral, ETFs funcionam como um mix entre fundos e ações: como fundos, eles representam uma seleção de títulos ou ativos; mas, como ações, podem ser negociados em bolsa durante o horário de pregão. No Brasil, o ETF mais conhecido é o Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11), que replica os resultados do Ibovespa na valorização ou desvalorização. Se o Ibovespa valorizar 10%, este ETF oferece um resultado muito semelhante – o mesmo vale para a desvalorização.
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