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Pergunta:
Gostaria de tirar umas dúvidas sobre a aplicação em Tesouro Direto. Atualmente, tenho apenas uma conta poupança, onde guardo pequenas quantias mensalmente, para usar em caso de extrema necessidade. Porém, sei que apesar da segurança da poupança e da liquidez imediata que ela oferece, o rendimento em sua data de aniversário é muito baixo. Estava pensando em uma aplicação financeira que rendesse mais, e pelo que analisei, a compra de LTN é mais vantajosa para mim no momento.
Primeiro, tenho que abrir uma conta corrente certo? Depois tenho que comprar títulos públicos no próprio banco? Li algo sobre venda desses títulos que não entendi muito bem, tenho que vender títulos? Sou obrigado? E caso seja necessário, posso tirar o dinheiro a qualquer momento?
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Leitor: Dênis
Resposta de Niasi M. Abdo Neto, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:
Caro Dênis,
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Realmente a compra de títulos do Tesouro, é uma boa opção de investimento com baixo risco e boa liquidez.
Respondendo suas perguntas:
– Para comprar e vender títulos pelo programa Tesouro Direto você deve sim abrir uma conta corrente e cadastro em uma instituição financeira habilitada. (veja a lista dessas instituições no seguinte link: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/instituicoes-financeiras-habilitadas)
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– Após a realização do cadastro, você terá acesso à área restrita do Tesouro Direto, onde são realizadas as operações de compra e venda, assim como consultas a saldos e extratos.
Muitas instituições financeiras também oferecem uma plataforma de compra e venda desses títulos.
– Você não tem obrigação nenhuma de vender os títulos, mas sempre que precisar, você pode vendê-los antes de seu vencimento ao Tesouro Nacional às quartas-feiras, pelo seu valor de mercado.
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Convido você a conhecer a página do Tesouro Direto e obter lá maiores informações sobre essa excelente iniciativa do Tesouro Nacional, em parceria com a BM&FBOVESPA no link: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
Niasi M. Abdo Neto é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br
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Prezado Hildebrand,
Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade.
Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos…
Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento.
Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos.
Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes.
A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis.
Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações.
Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas.
E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você!
*Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF