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SÃO PAULO – O número de reclamações de investidores junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) referentes ao home broker cresceu 94,74% no primeiro semestre de 2011, na comparação com o semestre anterior.
De acordo com dados da autarquia, no primeiro semestre deste ano, foram registradas 37 reclamações sobre a utilização da ferramenta, que equivalem a 20,55% do total de ocorrências, enquanto no último semestre do ano passado foram 19 registros (equivalente a 10,61% do total de reclamações e denúncias na época).
“As reclamações referentes ao home broker têm acompanhado o crescimento do numero de demandas que chegam à CVM em relação à negociação com valores mobiliários”, afirma o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, José Alexandre Vasco. “Com uma maior popularização do mercado acionário, é normal que tenhamos uma demanda maior em relação a este tipo de operação”, completa.
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Segundo a CVM, nos anos anteriores, a maior parte das reclamações referentes ao home broker acontecia por conta de problemas na plataforma, que causavam de instabilidade no sistema e problemas com as operações. “Não registramos nenhuma reclamação deste tipo neste semestre. Os processos se referiam a outras questões, como falha nas ordens”, diz Vasco.
Mais reclamações
De acordo com levantamento da autarquia, o assunto “negociações com valores mobiliários”, que engloba, além das reclamações referentes ao home broker, falhas na execução de ordens e cobranças indevidas, foi o mais abordado pelos investidores, com 35,64% do total de processos de reclamações e denúncias na CVM.
De acordo com a autarquia, nesse grupo, cerca de 66% das manifestações se referiam a problemas ocorridos na negociação de ativos, em especial, ordens não cumpridas ou alegadamente realizadas sem a solicitação do cliente. “Deste percentual, em 12% dos casos houve menção ao envolvimento de agentes autônomos”, afirma a CVM.
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Ainda dentro do assunto mais reclamado, 18% dos casos foram relativos a problemas administrativos (demora no atendimento e cobranças indevidas), 13% relataram operações que teriam sido realizadas sem a observância de regras de mercado e 3% apontaram problemas na subscrição em ofertas públicas.