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SÃO PAULO – O Santander elevou o preço-alvo das ações da Braskem (BRKM5) por considerá-la “barata demais para se ignorar”. O valor estimado para o fim de 2018 subiu de R$ 42 para R$ 51,50, patamar 26% acima do fechamento de terça-feira (19), e a recomendação foi mantida em compra.
“Temos mantido uma postura positiva em relação à Braskem desde o início de 2015, e, apesar de seu forte desempenho acima do mercado desde então, mantemos nossa posição”, afirma o analista Gustavo Allevato.
A perspectiva otimista do analista é baseada na avaliação de que os fundamentos da companhia ainda permanecerão sólidos, com base em spreads atrativos, na recuperação da demanda doméstica e na diversificação internacional positiva em curso por parte da empresa.
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Além disso, a Braskem pode distribuir dividendos novamente, de pelo menos R$ 1,2 bilhão neste ano, relativos aos resultados operacionais de 2017, tem valuation atrativo – com desconto injustificado de 36% frente aos pares com base no VE/ebitda previsto para 2018, e desse apresentar redução de riscos de modo geral.
O analista aponta quatro catalisadores para impulsionar a perspectiva de fundamentos sólidos para 2018. Em primeiro lugar, a expectativa é de que os spreads petroquímicos possam continuar a trazer surpresas positivas, na esteira da demanda doméstica em contínua recuperação.
O terceiro catalisador é a apresentação de sólidos resultados operacionais, apesar da valorização do real e, por fim, a diversificação internacional segue dando frutos positivos.
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Entre os riscos para o papel, o analista destaca ser “vital” monitorar o fluxo de notícias. “Apesar de acreditarmos que os riscos diminuíram após a conclusão de um acordo global de leniência com as autoridades em três países (pelo qual a Braskem pagará aproximadamente US$ 957 milhões ou R$ 3,1 bilhões), acreditamos que é necessário um monitoramento cuidadoso do fluxo de notícias, em especial no que se refere a questões como: PIS/Cofins da nafta, diminuição das tarifas de importação, e redução nas medidas anti-dumping”, explica Allevato.
Outro fator de risco é o suprimento de matérias-primas no projeto do México. Para o Santander, o suprimento de etano da Pemex no México precisa ser monitorado, uma vez que a oferta mostrou alguma instabilidade desde o início do projeto.
“Se a Pemex deixar de suprir a quantidade predeterminada de etano, terá que pagar uma multa por não cumprir o ‘contrato de delivery-pay’ e, a nosso ver, a Braskem teria que aplicar essa multa com rigor”, explica o analista.