Fundos imobiliáris fecham sessão em queda de 0,7%; Santander recomenda compra de três FIIs

O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (26) em queda de 0,70%, aos 2.772 pontos. Um dos destaques de queda de hoje foi o Maxi Renda ([ativo=MXRF11), que caiu 3,9% após a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a distribuição de dividendos do fundo.

Já a primeira edição de 2022 do guia de fundos imobiliários do Santander, que monitora 57 carteiras, trouxe como novidade a recomendação de três FIIs: XP Malls ([ativo=XPML11]), Hedge Top FoF III (HFOF11) e Kinea Renda (KNRI11). Para Flávio Pires, analista que assina o documento, os fundos oferecem oportunidade tanto para quem foca em ganho de capital como em bons dividendos.

No caso do XP Malls, Pires destaca o portfólio do fundo de shopping centers, um dos segmentos mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia do Covid-19.

Com uma área bruta locável (ABL) de 118 mil metros quadrados, a carteira do fundo inclui participação em 13 complexos comerciais, distribuídos em nove cidades e seis estados brasileiros.

“Como ponto positivo, o XP Malls conta com ativos que se mostram mais resilientes por atender o público de alta renda, como Catarina Fashion Outlet e o Shopping Cidade Jardim, ambos em São Paulo”, destaca Pires.

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O analista pondera que, no curto prazo, o fundo poderá apresentar necessidade de oferecer descontos aos lojistas que ainda sofrem com os impactos da pandemia, além de enfrentar eventual aumento de vacância e inadimplência.

Recentemente, o XP Malls concluiu a aquisição de 40% do Shopping Estação BH, em Belo Horizonte (MG) e comunicou a aquisição de 9,05% do Shopping Bahia, em Salvador (BA).

Outra aposta do Santander é o Hedge Top FoF III, que tem como objetivo a aquisição de cotas de outros fundos imobiliários.

Pires vê com bons olhos o aumento da posição da carteira em FIIs de escritórios que possuem imóveis de elevado padrão, com preços em linha ou abaixo do custo de reposição. O analista lembra também que houve a venda de cotas de fundos de CRI (certificados de recebíveis imobiliários) em linha ou acima do valor patrimonial dos papéis.

“A gestão do Top FoF conseguiu aproveitar oportunidades sem a necessidade de se desfazer de grandes posições de seu portfólio”, avalia Pires. “Estimamos um retorno com dividendos de 8,6% nos próximos 12 meses”.

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Finalmente, a terceira recomendação de compra do Santander é o Kinea Renda Imobiliária, um dos maiores FIIs em valor de mercado.

O fundo investe em lajes corporativas e galpões logísticos e tem um portfólio composto por 21 imóveis em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Kinea tem uma ABL de 765 mil metros quadrados.

Na avaliação de Pires, o fundo representa uma boa oportunidade de ganho de capital. “As cotas estão sendo negociadas com um desconto de 13% na comparação com o valor patrimonial”, afirma.

Como ponto de atenção, o analista cita o possível retorno com dividendos de 7,4% nos próximos 12 meses, que considera baixo na comparação com a média do IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – atualmente em 8,74%.

Maiores altas desta quarta-feira (26):

Maiores baixas desta quarta-feira (26):

Fonte: B3

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta sexta-feira (21):

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: Investidores estão otimistas com shoppings, aponta Levantamento do JP Morgan

Pesquisa feito pelo JP Morgan com investidores e outros agentes do mercado financeiro trouxe uma visão otimista para os shopping centers em 2022 e perspectivas positivas para o desempenho das ações do setor.

O último dado de vendas do varejo, referente à novembro do ano passado, veio acima das expectativas e 53% dos entrevistados acreditam que os dados são o principal motivo para olhar mais de perto para as administradoras dos shoppings.

Mais da metade dos participantes da pesquisa acreditam que as receitas com aluguéis mesma lojas (cobrado dos estabelecimentos que estão no shopping há pelo menos de um ano), indicador de eficiência, deve crescer entre 5% e 15%. Outros 22% dos entrevistados apostam em alta superior a 15%.

Além disso, 39% dos participantes da pesquisa acreditam que as vendas dos lojistas dos shoppings devem crescer de 5% a 10% no período. Outros 13% dos entrevistados, projetam vendas acima disso.

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