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A criptomoeda Solana (SOL) mais que dobrou de preço neste ano, superando o Bitcoin (BTC), enquanto tenta deixar para trás a pecha de projeto ligado a Sam Bankman-Fried, fundador da corretora FTX, que faliu em novembro.
O token SOL acumula alta de cerca de 125% desde 31 de dezembro, superando o rali de 78% no Bitcoin no período, bem como os ganhos registrados por outras criptos importantes em meio à recuperação do setor em 2023. A turbulência da indústria – incluindo o colapso da FTX — fez o SOL desabar 94% no ano passado.
A Solana está entre as blockchains que competem com o Ethereum (ETH), a principal rede descentralizada de uso comercial, em busca de obter um maior market share da atividade de ativos digitais. Mas o apoio de Bankman-Fried tornou-se tóxico quando o império da FTX caiu.
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A crise da corretora só piorou o cenário de dúvida em relação à tecnologia, com algumas falhas técnicas fazendo investidores duvidarem das promessa de alta velocidade e custos mais baixos de transação feitas pelos desenvolvedores.
“A Solana sofreu com o excesso de FTX e o protocolo sofreu inúmeras interrupções”, disse Markus Thielen, chefe de pesquisa da Matrixport. Mas, atualmente, os investidores estão “procurando acumular altcoins subvalorizadas, com a Solana como um dos principais beneficiários”, acrescentou.
O interesse na Solana começou a voltar em janeiro, após o lançamento do token BONK na rede. A BONK é uma criptomoeda meme inspirada na Shiba Inu (SHIB) que animou especuladores de forma pouco racional.
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Mais tarde, a Solana se beneficiou do lançamento do projeto Saga, um smartphone personalizado para funcionar em blockchain. O dispositivo visa funcionar como um cofre físico para as chaves seguras que comprovam a propriedade de ativos digitais, além de oferecer acesso mais fácil a serviços de criptomoedas.
A Solana está sendo ajudada por sua estratégia de crescimento do ecossistema e um histórico em que os desenvolvedores levantaram mais de US$ 600 milhões em investimento inicial nos últimos dois anos, disse a empresa de pesquisa Messari em uma nota recente.
Apesar das novidades, ainda restam dúvidas sobre as perspectivas de longo prazo da Solana. Os investidores estão repensando o potencial de uma variedade de projetos cripto após a queda do mercado em 2022 e uma sequência de ativos digitais que praticamente sumiram do mapa após forte desvalorização.
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Embora o SOL tenha subido este ano, superando o patamar de US$ 20 após ter chegado a US$ 8 em novembro, ainda é negociado por uma fração dos US$ 260 alcançados em 2021 durante o período de maior frenesi com as criptomoedas.
(Com informações da Bloomberg)