CRIs da Starbucks estão fora de recuperação judicial de operadora, aponta FII que investe nos títulos

Em relatório gerencial, fundo também sinalizou que os papéis estão adimplentes e manteve estimativa de rendimentos

Wellington Carvalho

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A gestão do FII Riza Akin (RZAK11) se manifestou pela primeira vez sobre a situação dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI) do Starbucks, títulos de dívida que fazem parte do portfólio do fundo.

Nesta semana, a SouthRock Capital, operadora do restaurante no Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial alegando dívida de R$ 1,8 bilhão. A Justiça, porém, negou a proteção e solicitou mais informações sobre a saúde financeira da empresa.

Em relatório gerencial, reapresentado nesta sexta-feira (3), os gestores do (RZAK11) afirmaram que os títulos emitidos pela companhia não fazem parte do processo de recuperação judicial e, por enquanto, seguem todos adimplentes.

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“Os CRIs citados e pertencentes ao portfólio do fundo NÃO estão sujeitos ao processo de recuperação judicial, permanecendo fora do escopo concursal”, confirma o documento. “Todos os CRIs seguem 100% adimplentes em suas parcelas”, complementa o texto.

O CRI é um instrumento utilizado pelas empresas para captação de recursos no mercado. As companhias empacotam receitas futuras neste título de dívida e vendem aos investidores, como os fundos imobiliários.

Em geral, o papel embute um rendimento prefixado mensal e a correção por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA).

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O RZAK11 conta com três CRIs da SouthRock no portfólio, Starbucks III, IV e V. Os títulos correspondem a 6,51% do patrimônio líquido do fundo – atualmente em R$ 814 milhões, de acordo com o último relatório da carteira.

No final de outubro, conforme aponta o documento, os papéis representavam um montante de R$ 50,189 milhões.

Diante do cenário, as cotas do RZAK11 acumularam perdas de quase 7% nos últimos dois pregões, saindo da casa de R$ 92,59 para R$ 86,34 – cotação no fechamento da sessão desta sexta-feira (3).

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O episódio com os CRIs da Starbucks não foi suficiente, porém, para influenciar a estimativa de rendimentos do fundo para 2023, de acordo com a nova versão do relatório gerencial.

No documento, o fundo mantém a perspectiva de distribuir rendimentos na casa dos R$ 1,30 por cota até dezembro, com uma expectativa mínima de R$ 1,20 e máxima de R$ 1,40 em cada um dos meses, explica o texto.

“A boa expectativa de distribuição para os próximos meses se deve à proximidade do reconhecimento de um importante kicker (espécie de gatilho) dentro da nossa carteira”, destaca o texto, que não dá mais detalhes sobre o tema. “Tão logo [o kicker for] confirmado, será divulgado pelos canais oficiais”, promete a gestão.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.