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SÃO PAULO – Suporte e resistência existem porque as pessoas têm memória, e ela nos induz a comprar ou vender em certos níveis de preço. Assim, o conjunto de compras e vendas por parte dos investidores cria os suportes e as resistências. De maneira simples, são zonas de preços nas quais o movimento atual do mercado tem grandes chances de parar e reverter.
Suporte e resistência são níveis onde as compras e as vendas, respectivamente, são fortes suficientes para interromper ou mesmo reverter um processo de queda ou de alta. Podemos identificar graficamente o suporte por uma linha conectando vários fundos, e a resistência por uma linha conectando os vários topos.
A força por trás de toda a zona de suporte e resistência depende de três fatores: seu comprimento, sua altura e volume negociado.
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Tempo: variável fundamental
Quanto mais longa uma área de suporte e resistência, mais forte ela é. Uma congestão de poucas semanas proporciona apenas um mínimo de suporte e resistência, já uma faixa de negociação mais prolongada, com meses ou até anos, é suficiente para gerar nos operadores pontos intermediários e principais de suporte ou resistência.
A força do suporte e da resistência aumenta cada vez que a área é atingida. Quando os preços revertem em certo nível, os investidores tendem a apostar numa reversão na próxima vez que os preços retornarem ao mesmo nível.
Maior amplitude aumenta força do suporte ou resistência
Quanto maior a amplitude de uma área de suporte e resistência, mais forte ela é. Isso se deve ao desgaste do mercado para se chegar ao outro ponto da congestão. Assim, ao se aproximar do outro extremo, já chega sem força para o rompimento.
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Por outro lado, se ocorre a perfuração da congestão, é porque a força que a provocou é muito forte e não deverá parar tão cedo, gerando tendências maiores.
Volume deve ser levado em consideração
Quanto maior for o volume de negociação numa área de congestão, mais forte ela é. Altos volumes de negociação numa área de congestionamento mostram envolvimento ativo dos investidores, um forte sinal de comprometimento emocional.
Baixos volumes mostram que os investidores tiveram pouco interesse em operar naqueles níveis, sinal de fraqueza dos suportes e resistências.
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Referência: Alexander Elder 1993, Trading for a Living<!–
- Gustavo Lobo é administrador formado pela FEA-UFJF, com especialização em Estatística pelo ICE-UFJF. Lobo atua na área prática do mercado financeiro há 6 anos.