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Enquanto o mercado aumenta as apostas em nova alta de juros nos Estados Unidos e força uma abertura da curva de juros americana, as taxas dos títulos do Tesouro Direto sobem nesta quinta-feira (6). Além do cenário internacional, investidores estão de olho na tramitação da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
Ontem (5), a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (banco central americano) mostrou que quase todos os participantes do grupo concordaram que aumentos adicionais da taxa de juros serão apropriados ainda em 2023.
O documento mostrou que o Comitê decidiu pausar o aperto monetário para ganhar tempo para analisar os efeitos da alta de juros na atividade econômica. Dados do CME Group mostram que 94,9% dos agentes de mercado apostam em uma alta dos juros na próxima reunião do Fomc, em 27 de julho.
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No cenário local, a tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária segue no foco. Ontem (5), o relator do texto, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou um novo parecer sobre o tema no plenário da Câmara.
O coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), disse hoje, em entrevista à GloboNews, que o texto será votado em primeiro e segundo turno até amanhã.
No Tesouro Direto, a rentabilidade real dos títulos de inflação subia para até 5,65%, caso do Tesouro IPCA+ 2045, que pagava 5,61% ontem. Na segunda atualização do dia, às 12h03, o título de inflação com vencimento em 2029 tinha retorno real de 5,20% ante 5,12% na véspera. A taxa real do Tesouro IPCA+ 2055 subia de 5,49% para 5,54%.
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Entre os prefixados, destaque para o título com vencimento em 2033, que tinha rentabilidade anual de 10,88% hoje, contra 10,64% na sessão anterior. O juro do Tesouro Prefixado 2029 subia de 10,56% para 10,79%, enquanto a taxa do Tesouro Prefixado 2026 avançava de 10,15% para 10,35%.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta quinta-feira (6):
Ata do Fomc
Na última reunião do Fomc, os integrantes favoráveis a um novo aumento dos juros argumentaram que o ímpeto da atividade econômica havia sido mais forte do que o previsto e que havia poucos sinais claros de que a inflação estava a caminho de retornar ao objetivo de 2%.
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Segundo a ata divulgada ontem, a maioria dos participantes observou que as incertezas sobre as perspectivas da economia e da inflação permaneceram elevadas e que informações adicionais seriam valiosas para avaliar a orientação adequada da política monetária.
É consenso entre os diretores que a inflação estava “inaceitavelmente alta” e que os dados indicavam quedas na inflação mais lentas do que o esperado, incluindo o CPI (inflação ao consumidor, na sigla em inglês) de maio.
Reforma tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que não é possível “cravar o resultado da votação, mas que as expectativas são boas”. Em entrevista à BandNews, o parlamentar disse esperar apoio da maioria dos partidos para aprovar o texto, mesmo os da oposição.
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O Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fechou questão na noite de quarta-feira (5) a favor da PEC da reforma tributária. “Passamos, nos últimos anos, por reformas muito importantes, isso vai dar velocidade para nossa economia, isso vai criar oportunidades”, disse Tarcísio.
Tarcísio é afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro. Bolsonaro tem se posicionado contrário à reforma e participará nesta quinta, juntamente com Tarcísio, de uma reunião com a bancada do PL para discuti-la.
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