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Os juros dos títulos públicos subiam nesta terça-feira (11) com investidores atentos ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de junho. O mercado ainda está de olho na tramitação da reforma tributária.
A inflação oficial do Brasil recuou 0,08% em junho, ante maio. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e de 3,16% nos últimos 12 meses. Os números foram divulgados na manhã de hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O consenso Refintiv de analistas previa deflação um pouco maior, de 0,10%.
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Na esfera política, os investidores analisam a tramitação da reforma tributária, que agora depende da apreciação do Senado. Eduardo Braga (AM), um dos possíveis relatores do projeto, afirmou em entrevista ao Estadão, que existe a possibilidade de “fatiar” a proposta durante o processo de tramitação do texto na Casa.
No Tesouro Direto, o juro do prefixado com vencimento em 2033 subia de 10,64%, ontem, para 10,69%, na segunda atualização de hoje, às 11h51. A taxa do Tesouro Prefixado 2026 avançava de 10,18% para 10,25%.
Os títulos de inflação também entregavam rentabilidade real maior, com o Tesouro IPCA+ 2029 pagando juros reais de 5,19%, contra 5,14% ontem. A taxa do Tesouro IPCA+ 2035 subia de 5,25% para 5,30% e a do Tesouro IPCA+ 2055 saía de 5,49% para 5,54%.
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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (11):
IPCA recua em junho
A variação negativa da inflação do País foi puxada pelos grupos de Alimentação e Bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%). Juntos, os grupos tiveram impacto de -0,22 ponto percentual no índice geral. Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram queda.
“Alimentação e bebidas e transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA.”, explica André Almeida, analista da pesquisa.
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Por outro lado, o maior impacto negativo (+0,1 p.p) foi do grupo habitação, que avançou 0,69% em junho.
Reforma tributária no Senado
O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), um dos possíveis relatores da reforma tributária, disse ao jornal Estadão que há a possibilidade de a proposta ser ‘fatiada’. A ideia é que o texto seja divido em dois, com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com os itens que já são consenso e outra para os assuntos que ainda causam divisão.
O senador ponderou que esse é um tema complexo e que é preciso ter certeza de que um texto não dependerá do outro para poder fazer sentido.
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