Tesouro Direto: juros se recuperam e prefixados pagam até 11,19% com ‘prévia do PIB’ e inflação em foco

IBC-Br de abril e IGP-10 de junho surpreenderam o mercado positivamente

Leonardo Guimarães

Ações em alta
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A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto sobe na sessão desta sexta-feira (16). Investidores repercutem indicadores de inflação e atividade econômica no Brasil.

Um dos indicadores divulgado hoje é o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de abril, que subiu 0,56% em abril na comparação com março. Em março, o indicador havia caído 0,15%. O IBC-Br é considerado uma prévia de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

O número superou o consenso Refinitiv de analistas, que esperava elevação de 0,2% no índice mensal.

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Outro número que surpreendeu positivamente foi a deflação de 2,2% em junho medida pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10). O consenso Refinitiv previa queda de 2,15%. Em maio, o índice registrou retração de 1,53% e em abril a queda foi de 0,58%. Os números são da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com esse resultado, o índice acumula queda de 4,14% no ano e de 6,31% em 12 meses.

No Tesouro Direto, as taxas dos títulos subiam após tocarem mínimas em um ano na véspera. A rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2045 subia de 5,66% na sessão anterior para 5,68%. Na abertura de ontem, o juro do papel era de 5,63%, o menor desde 20 de junho de 2022.

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Ainda dos títulos de inflação, o Tesouro IPCA+ 2029 tinha rentabilidade real de 5,32% contra 5,30% na sessão de ontem. Já o título de inflação com vencimento em 2040 tinha taxa de 5,53% contra 5,48%.

O Tesouro Prefixado 2026 tinha rentabilidade anual de 10,63% contra 10,55% na véspera. Já o prefixado com vencimento em 2029 pagava 11,04% ao ano ante 11,01% ontem. A taxa do prefixado mais longo, que vence em 2033, subia de 11,15% ontem para 11,19% na última atualização de hoje.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta sexta-feira (16):

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IBC-Br

Com o resultado de abril, a prévia do PIB acumula alta de 3,88% no ano e de 3,43% em 12 meses.

Em relação a abril de 2022, o IBC-Br teve crescimento de 3,31%. No trimestre encerrado em abril, o indicador subiu 3,47% ante o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve alta de 4,06%.

IGP-10

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, o novo recuo do indicador de inflação levou a taxa interanual ao seu menor patamar da série histórica do indicador. “Os preços de commodities de grande importância seguem em queda e puxam para baixo o resultado do índice, com destaque para: óleo diesel (de -5,63% para -15,80%), milho (de -12,48% para -15,63%) e bovinos (de -1,05% para -6,17%)”, afirmou em nota.

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Em junho de 2022, o índice havia subido 0,74% no mês e acumulava elevação de 10,40% em 12 meses.