Tesouro Direto: com agenda de indicadores cheia, juros sobem para até 10,85% ao ano

Investidores repercutem dados de inflação nos EUA e de emprego no Brasil e na zona do euro

Leonardo Guimarães

Imagem mostra notas de R$ 50 (Rmcarvalho/Getty Images)
Imagem mostra notas de R$ 50 (Rmcarvalho/Getty Images)

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O mercado brasileiro de renda fixa reage, nesta quinta-feira (30), à uma série de indicadores de atividade econômica no Brasil e lá fora.

Uma delas é a queda na taxa média de desemprego do País de 7,7% para 7,6% no trimestre encerrado em outubro. No radar, ainda estão indicadores de emprego na Europa e inflação nos Estados Unidos. Com isso, as taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em alta.

Os números de emprego divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) surpreenderam o mercado, que esperava estabilidade da taxa em 7,7%, segundo o consenso Refinitiv de analistas.

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O rendimento médio real dos brasileiros foi estimado em R$ 2.999, crescimento de 1,7% na comparação com o trimestre encerrado em julho e de 3,9% frente ao mesmo período em 2022.

Na zona do euro, a taxa de desemprego ficou estável em 6,5% em outubro, informou hoje o Eurostat, escritório oficial de estatísticas da União Europeia. Em outubro do ano passado, a taxa estava em 6,6%.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Comércio divulgou hoje que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,2% em outubro ante setembro. Na comparação com outubro do ano passado, o avanço foi de 3,5%.

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Os dados vieram acima do projetado pelo consenso LSEG, que esperava alta de 0,1% na base mensal e de 3% na comparação anual.

De volta ao Brasil, o plenário do Senado Federal aprovou ontem o parecer do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) para o projeto de lei que altera as regras de tributação sobre aplicações financeiras mantidas por brasileiros no exterior, regulamenta o instrumento dos trusts no Brasil e modifica a taxação de fundos exclusivos (PL 4.173/2023). O texto segue agora para sanção presidencial.

No Tesouro Direto, as taxas de prefixados chegam a 10,85% ao ano na primeira atualização do dia, ante taxa máxima de 10,81% no início da sessão de ontem. O juro do Tesouro Prefixado 2029 subia de 10,63% para 10,66%, enquanto o do Tesouro Prefixado 2026 avançava de 10,09% para 10,14%.

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Nos títulos de inflação, o papel com vencimento em 2055 entregava rentabilidade anual de 5,76% contra 5,69% na véspera. A taxa real do Tesouro IPCA+ 2045 avançava de 5,70% para 5,76%. O papel mais curto, com vencimento em 2029, oferecia retorno real de 5,50% ao ano, ante 5,43% ontem.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta sexta-feira (30):