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As taxas dos títulos públicos operam em alta na tarde desta sexta-feira (23), após uma semana com decisões de política monetária ao redor do mundo.
Nos prefixados, as taxas sobem até 15 pontos-base, já nos papéis de inflação as taxas avançam até 13 pontos-base. O movimento vai na contramão do visto nos últimos dias, quando as taxas apresentaram forte queda.
Segundo Igor Cavaca, gestor da Warren Asset Management, isso ocorre pelas interpretações do mercado em relação as decisões monetárias, principalmente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que tem potencial de impactar os juros a nível global.
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“A expectativa de mais juros pode afetar variáveis econômicas e forçar o Banco Central brasileiro a manter o patamar atual de juros por mais tempo, dado a sinalização ao mercado em seu último comunicado”, destaca Cavaca.
O dólar também reforçou o movimento as taxas, após valorização nesta sexta-feira (23). Por volta das 16h09, o dólar comercial avançava 2,67%, cotado a R$ 5,2512.
Enquanto isso, no Brasil, pesquisas eleitorais mostram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), gerando volatilidade nos juros.
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Dentro do Tesouro Direto, a maior alta era na taxa do título prefixado de médio prazo. O Tesouro Prefixado 2029 oferecia um retorno anual de 11,61% às 15h32, acima dos 11,46% vistos na quinta-feira (22).
Já o Tesouro Prefixado 2025 e o Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, apresentavam uma rentabilidade anual de 11,60% e 11,74%, respectivamente, superior aos 11,52% e 11,62% da sessão anterior.
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Nos títulos atrelados à inflação, as taxas avançavam entre 8 e 13 pontos-base. Apenas a taxa do Tesouro IPCA+ 2026 permanecia estável.
O maior ganho real registrado era de 5,78%, do Tesouro IPCA+ 2055.
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Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta sexta-feira (23):
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Reino Unido
Na cena externa, o Reino Unido anunciou nesta sexta-feira (23) seu novo plano de crescimento que inclui o maior pacote de cortes de impostos em gerações. É uma cartada para tentar estimular a economia num momento em que o país sofre com a inflação alta.
Em discurso hoje no Parlamento, o ministro das Finanças do País, Kwasi Kwarteng, disse que será mantido imposto de 19% que incide sobre as empresas, em vez de ser praticado um aumento para 25% como estava previsto.
Ao mesmo tempo, a taxa básica de imposto de renda será reduzida de 20% para 19% em abril de 2023 – um ano antes do planejado – com 31 milhões de pessoas recebendo em média 170 libras (cerca de US$ 189) a mais por ano.
Segundo cálculos divulgados hoje, o plano deve custar cerca de 45 bilhões de libras (US$ 50 bilhões) aos cofres públicos, o que vai se somar aos 60 bilhões de libras (US$ 66,5 bilhões) referentes ao planos de ajuda às contas de energia doméstica anunciados pela primeira-ministra Liz Truss há poucos dias.
Nesta sexta-feira, o País também estabeleceu uma meta ambiciosa para uma tendência de crescimento de 2,5%, garantindo financiamento sustentável para serviços públicos e melhorando os padrões de vida da população.
Pesquisas eleitorais e Guedes
A nove dias das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem sobre seus adversários na disputa pelo Palácio do Planalto, segundo pesquisa do Datafolha divulgada ontem (22).
Segundo o levantamento, realizado entre os dias 20 e 22 de setembro, Lula registrou 47% das intenções de voto – oscilação positiva de 2 pontos porcentuais em relação com o levantamento anterior, divulgado uma semana antes.
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, se manteve com 33%. A diferença de 14 pontos entre os dois é a maior em um mês.
Também na seara política, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (22) ser pessoalmente contra o piso salarial da enfermagem. Porém, temendo a repercussão negativa da fala para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), abandonou uma entrevista que gravava com o jornalista Luís Ernesto Lacombe para a Rede TV.
Na ocasião, segundo apurações do jornal O Estado de S.Paulo, o ministro disse que, “como cidadão”, é contra o piso, mas se arrependeu logo em seguida. Por isso, pediu que a entrevista fosse interrompida e que não fosse exibida pela emissora.
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