Veja qual título comprar em dia agitado no Tesouro Direto

O excesso de volatilidade fez o Tesouro Direto ser suspenso por cerca de duas horas na manhã desta terça-feira

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O excesso de volatilidade, causado principalmente pelo aumento da taxa de juros da Rússia, de 10,5% para 17% ao ano, fez o Tesouro Direto ser suspenso por cerca de duas horas na manhã desta terça-feira (16), visto que a curva de juros futuros indicou um aumento de 1 ponto percentual para janeiro de 2016.

Apesar de isso parecer indicar que o título pós-fixado atrelado à Selic (LFT) ficou mais interessante do que os pré-fixados (LTN e NTN-F) ou os atrelados ao IPCA (NTN-B e NTN-B Principal) – que são prejudicados com o aumento de juros, visto que quando a taxa sobe o preço do papel cai – Richard Rytenband, economista e especialista em métodos quantitativos, explicou que isso não passa de uma ilusão e que a atratividade continua nos papéis não atrelados ao juros.

Segundo ele, os fatos desta terça-feira, que mexeram fortemente na curva, representam um choque de juros momentâneo e, portanto, o call dos pré-fixados se mantêm, pelo fato de que estamos entrando em uma profunda recessão, que viverá o seu ápice em 2017. “Economias estagnadas causam queda da taxa na curva de juros futuros, o que beneficia papéis pré-fixados e atrelados à inflação. É insustentável um país que não cresce (e não irá crescer pelos próximos dois ou três anos) ter uma taxa de juros tão alta na ponta futura… Esse cenário ira se reverter em breve”, explicou.