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Autor:Rafael Pacheco, CFP®, 38 anos, Assessor de Investimentos credenciado à XP
Por que investir em Crédito Privado
CRIs, CRAs, Debêntures e FIDCs são alternativas interessantes ao investidor de perfil moderado. Rendem consideravelmente mais do que os títulos de renda fixa garantidos pelo FGC (CDB, LC, LCI, LCA), com risco razoavelmente baixo. Além disso, possuem certa liquidez no mercado secundário, o que torna possível a venda dos títulos antes do vencimento, o que geralmente não ocorre com os títulos de renda fixa tradicionais.
O que é?
Crédito Privado é o nome dado a qualquer instrumento de renda fixa emitido por grandes empresas não financeiras para financiar suas operações.
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Quando um banco, que é uma instituição financeira, emite um título de dívida para financiar suas operações, chamamos esse título de CDB, e dizemos que ele é um título de emissão bancária.
Quando uma empresa não financeira emite um título de dívida para financiar suas operações, chamamos de debênture, e dizemos que é um título de crédito privado.
Em certas situações, empresas emitem títulos baseados em recebíveis, ou seja, “vendem” valores que tem a receber no futuro com o objetivo de antecipar o recebimento. Isso se chama “antecipação de recebíveis”, ou como o mercado financeiro gosta de chamar, “securitização”.
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Como regra geral, quando a empresa que origina a securitização é do setor agrícola, chamamos o título de CRA (Certificado de Recebíveis Agrícolas). Quando é do setor imobiliário, chamamos de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Quando a empresa é de qualquer outro setor, chamamos de FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios).
Isenção de IR
Títulos de crédito privado são bastante populares atualmente devido à isenção de IR concedida para os setores imobiliário, agrícola e de infraestrutura. Essa isenção abrange os CRIs, CRAs e as debêntures de empresas de infraestrutura, também chamadas de debêntures incentivadas.
As debêntures dos demais setores e os FIDCs são tributados normalmente pela tabela regressiva de IR.
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Como escolher?
Há três aspectos principais a serem considerados na escolha de um título de crédito privado: rating, remuneração e prazo.
Rating
Os títulos de crédito privado são avaliados por agências de avaliação de risco, como a Fitch e a Standard & Poor’s (S&P). Essas agências atribuem ao título uma nota, ou um rating, que busca refletir a qualidade das garantias do título. Quanto melhor o rating, mais seguro é o título.
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Remuneração
A remuneração dos títulos pode ser prefixada, pós-fixada, IPCA+ ou ainda uma combinação entre elas. Seguem alguns exemplos reais, disponíveis no mercado no momento em que este artigo foi escrito (1º de março): CDI + 1,5%, IPCA + 6,7% e 101% do CDI, todos isentos de IR.
Prazo
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Os vencimentos dos títulos de crédito privado costumam variar de 1 a 10 anos, e quanto maior o prazo, maior tende a ser a remuneração.
É necessário cuidado, no entanto, com títulos longos. Quanto mais longo o vencimento, maior o risco de ágio ou deságio no caso de um resgate antecipado.
Vale a pena?
Investir em crédito privado faz sentido para investidores moderados, que buscam melhorar a rentabilidade de sua carteira em troca de um pequeno acréscimo de risco.
Cabe a você, juntamente com o seu assessor de investimentos, decidir se esse tipo de investimento é compatível com os seus objetivos e a sua tolerância a risco.
Dúvidas? Deixe seus comentários abaixo.
Um abraço e até a próxima!
Rafael Pacheco, CFP®
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