Quem quer dar os seus primeiros passos no mundo dos investimentos pode ficar na dúvida sobre a rentabilidade dos diferentes tipos de ativos.
Para ajudar na tarefa, o InfoMoney desenvolveu uma planilha que funciona como uma calculadora e comparadora dessas rentabilidades.
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A maior parte dos investimentos pode ser dividida em duas categorias. Os investimentos de renda variável e os de renda fixa. A principal diferença entre eles está na rentabilidade.
Os ativos de renda variável são aqueles cujos retornos não são previsíveis. Por isso, quem investe em renda variável não terá muita certeza de quanto seu dinheiro vai render ao longo do tempo. Já os ativos de renda fixa são aqueles com regras de remuneração definidas no momento da aplicação.
Esse combinado pode ser baseado em uma taxa de juros prefixada, pós-fixada ou híbrida, que vai misturar um pouquinho dos dois, com IPCA e uma taxa prefixada. Aqui entram as aplicações como CDBs, LCIs, LCAs, títulos do Tesouro Direto, debêntures e até poupança. Sim, a poupança é uma aplicação de renda fixa.
Diferença entre Prefixada, pós-fixada e híbrida? Como comparar a rentabilidade?
A planilha foi elaborada pelo planejador financeiro CFP, Hugo Ferraz, da Planejar, com o intuito de permitir ao investidor calcular e comparar a rentabilidade entre diferentes tipos de ativos da renda fixa.
Na planilha, é necessário preencher informações como o valor da aplicação, as datas de aplicação e resgate (que terão um impacto direto no cálculo do Imposto de Renda) e as taxas.
Sobre as taxas, é preciso preencher o IPCA, o índice oficial da inflação no Brasil, a Selic e o CDI. Essas informações podem ser coletadas no site do Banco Central. Mas é possível também incluir uma taxa prefixada para comparar ativos que usam esse tipo de rentabilidade.
A planilha mostra ainda que existem três tipos de ativos isentos de imposto de renda: a poupança nova, a poupança antiga e os LCIs e LCAs. Esses investimentos são isentos porque são estimulados pelo governo. Outros ativos da renda fixa terão incidência de IR sobre o rendimento seguindo a tabela abaixo:
Tempo de investimento | Alíquota |
Entre 0 e 180 dias | 22,5% |
Entre 180 e 360 dias | 20% |
Entre 361 e 720 dias | 17,5% |
Acima de 721 dias | 15% |
Alguns ativos de renda fixa ainda sofrerão incidência de IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras que taxa 96% dos rendimentos se for retirado no dia seguinte ao investimento. Esse percentual vai caindo gradativamente até zerar depois de 30 dias.
Com isso, a conclusão de Hugo é que “na renda fixa, quanto mais tempo for possível deixar o dinheiro rendendo, melhor”.
A planilha oferece as informações, mas para tomar uma decisão sobre qual ativo seria melhor é preciso levar em conta o momento pessoal, objetivos de curto, médio e longo prazo e informações da economia.
“Agora, por exemplo, estamos em um momento com curva de juros em tendência de subida. Se taxa básica de juros está em 9%, pode parecer uma boa ideia investir em um prefixado de 10%, mas daqui alguns meses, você vai continuar ganhando os 10% enquanto a Selic passou disso, por exemplo. Por outro lado, se a Selic começar a cair, pode valer a pena ficar num prefixado. Por isso que uma decisão de investimento sempre precisa olhar para um panorama”, explica.