Além de Marina: todas as possibilidades que o PSB está considerando para o lugar de Campos

Marina Silva é tida como a favorita para assumir mas, em meio a divergências com a ex-senadora, o PSB está considerando outras hipóteses em seu lugar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Hoje, as diversas possibilidades começaram a ser aventadas sobre a disputa presidencial dentro do PSB após a morte de Eduardo Campos, candidato à presidência pelo partido. As hipóteses de que Marina Silva, antes candidata a vice-presidência, seja agora a cabeça na chapa ganham forças. Porém, há diversas outras alternativas, levando em conta as divergências entre Marina Silva e o partido. 

Por um lado, boa parte da ala do partido manifesta o seu apoio à Marina Silva, mas cobra que ela mantenha os acordos regionais. Marina é contra acertos do PSB com os tucanos em estados como São Paulo e no Paraná, por considerá-los um obstáculo ao discurso da “nova política”, mas havia parado de fazer críticas públicas às alianças a pedido de Campos. Mas não vinha participando de eventos ao lado de Campos nesses estados. Os PPS e os partidos nanicos que apoiavam Campos já sinalizaram que dariam aval a Marina. O presidente do PPS, Roberto Freire, poderia até entrar como vice de Marina na chapa.

Por outro lado, outras alas do PSB apontam cada uma para uma preferência de formação de chapa. Mais cedo, uma das possibilidades era que o PSB saísse da disputa e apoiasse o PT. Se dependesse de alguns quadros do partido, nem mesmo Campos teria se candidato. E o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria trabalhando para que o PSB entrasse na chapa do PT.

Os jornais deram ainda diversas indicações sobre o que deve acontecer na disputa eleitoral.  Entre eles, está também um possível  lançamento de Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, ao Palácio do Planalto, segundo a Folha. O lançamento de Luiza Erundina seria uma saída para evitar a candidatura da ex-senadora.

Caso Marina se candidate, a expectativa ficará ainda para a escolha do vice-presidente. Uma das hipóteses é que o irmão de Eduardo Campos, Antonio Campos, se candidate na chapa com a ex-senadora. A outra hipótese é que a viúva de Eduardo, Renata Campos, seja candidata a vice, o que seria o desejo de Marina, segundo a revista Piauí. 

Outra hipótese é de que o PSB não lance ninguém e não apoie ninguém, algo com uma probabilidade bem remota de acontecer. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.