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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta terça-feira (10), a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
A Polícia Federal também realiza ação de busca e apreensão na residência de Torres, que também atuou como ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília.
Ele foi exonerado da secretaria estadual no último domingo (8), quando apoiadores golpistas do ex-presidente invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, em Brasília, em atos de depredação do patrimônio público.
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Após os atos, Torres divulgou nota negando conivência e classificando o episódio como “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu em postagem no Twitter.
O episódio também culminou no afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) por 90 dias, conforme decisão de Moraes. A gestão local é acusada de omissão dolosa no caso. A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a pedir a prisão de Torres no próprio domingo.
Torres está de férias em Orlando, nos Estados Unidos – mesma cidade que seu aliado Bolsonaro.
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Moraes também ordenou a prisão de Fabio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal. A avaliação é que houve conivência e omissão por parte do governo local e das forças policiais. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram agentes escoltando os vândalos e cruzando os braços para as ações de depredação do patrimônio público.
Nomeado interventor federal na segurança pública do DF por decreto editado por Lula no mesmo domingo (decisão referendada hoje pelo Congresso Nacional), Ricardo Cappelli afirmou que os atos golpistas de bolsonaristas só foi possível por conta de uma “operação de sabotagem” por parte das forças locais de segurança.