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Em meio a indefinições na candidatura à Presidência de Sergio Moro, atualmente no Podemos, incluindo a possibilidade de troca de legenda não descartada por analistas, o Barômetro do Poder apurou que há também dúvida em relação a uma eventual desistência do ex-juiz e ex-ministro da Justiça do atual governo para a corrida ao Planalto.
Em uma escala que vai de 1 (chances muito baixas) a 5 (chances muito altas), a média apurada foi de 2,80 entre os analistas políticos consultados. O Barômetro, produzido mensalmente pelo InfoMoney, compila avaliações e expectativas de consultorias de análise de risco político e de analistas independentes sobre assuntos em destaque na agenda política nacional. A média revela uma tendência de considerar a desistência entre baixa e regular, embora 20% acreditem que essa possibilidade é alta.
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Envolto em polêmicas relacionadas à Operação Lava Jato, na qual foi considerado imparcial, com algumas das mais importantes decisões anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Moro tem oscilado em um patamar reduzido de intenções de voto, entre 9% e 11%, o que fez sua campanha mudar para uma estratégia de ataque aos outros candidatos, em especial o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o antigo chefe, o presidente Jair Bolsonaro, atualmente no PL. A estratégia, entretanto, tem desagradado políticos do Podemos.
Diante da resistência dentro do atual partido e dos números pequenos, há analistas que acreditam na possibilidade de Moro mudar para o União Brasil, partido que deverá nascer da fusão entre o PSL, pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018, e o DEM. Com mais dinheiro do fundo eleitoral e mais tempo de cadeia de rádio e TV, a campanha do ex-ministro poderia ampliar as chances dele na corrida.
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Terceira via
Nesta edição do Barômetro, os analistas foram questionados também sobre a possibilidade de um candidato da chamada “terceira via”, alternativa a Bolsonaro ou a Lula, chegar ao segundo turno na disputa para o Planalto. Os dois pré-candidatos também tiveram suas chances de chegar à segunda rodada avaliadas. Para a maioria dos respondentes (73%), Bolsonaro tem chances altas, enquanto Lula tem, para a maioria (87%), chances “muito altas”.
Em uma escala de 1 (chance muito baixa) a 5 (chance muito alta), os principais concorrentes da corrida presidencial aparecem com nota média de 4 (Bolsonaro) e 4,87 (Lula). Além dos nomes que compõem o binário da polarização política, foram testados também aqueles com pré-candidaturas confirmadas e outros que ainda não deixaram claro se vão concorrer ou não.
Entre todos os nomes testados, Lula e Bolsonaro obtiveram as maiores médias, seguidos por Moro, com média 2,47; João Doria (PSDB), com 2,20; Ciro Gomes (PDT), com 1,67; Simone Tebet (MDB), com 1,33; Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Rodrigo Pacheco (PSD), empatados com 1,27 cada; Alessandro Vieira (Cidadania), José Luiz Datena (PSD) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 1,07 cada; e Aldo Rebelo (sem partido) e Joaquim Barbosa (PSB), com 1 ponto em média cada.
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Em relação às probabilidades, Aldo e Barbosa estão na lanterna, com a totalidade dos respondentes considerando como “muito baixa” a chance de chegarem ao segundo turno. O senador Alessandro Vieira, o apresentador Datena e o candidato do Novo têm todos 93% de apostas na opção “muito baixas”. A candidatura de Ciro dividiu as opiniões dos analistas: quase metade (49%) dizem acreditar que as chances de que ele vá ao segundo turno são “muito baixas”, enquanto o mesmo número aposta em “baixas”.
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Doria e Moro são os candidatos que aparecem no levantamento do Barômetro com cenários mais incertos. O governador de São Paulo tem 80% de apostas em chances “baixas” ou “muito baixas” e 13% em “regulares” e 67% em “baixa”, mas 7% acreditam que as possibilidades de que ele concorra com outro nome na rodada do fim de outubro são “muito altas”.
O ex-ministro tem maioria (54%) apostando em “baixas” ou “muito baixas” as chances de que ele vá ao segundo turno, enquanto 40% acreditam na opção “regulares” e 7%, como “altas”.
A edição 32 do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 17 e 19 de janeiro, com questionários aplicados por meio eletrônico. Foram ouvidas 11 casas de análise de risco político (BMJ Consultores Associados; Control Risks; Empower Consultoria; Eurasia Group; Medley Global Advisors; Patri Políticas Públicas; Ponteio Política; Prospectiva Consultoria; Pulso Público; Tendências Consultoria Integrada; e XP Política) – e 4 analistas independentes: Antonio Lavareda (Ipespe); Carlos Melo (Insper); Claudio Couto (EAESP/FGV) e Thomas Traumann.
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Conforme acordado previamente com os analistas, os resultados do levantamento são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e comentários.
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