Âncora fiscal fracassou e será revisada, diz responsável por Orçamento da equipe de transição de Lula

Âncora deve ser substituída por "proposta eficiente", que concilie responsabilidade fiscal e compromisso social, disse o senador eleito

Equipe InfoMoney

O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Publicidade

Em vídeo divulgado neste domingo (20), o senador eleito pelo Piauí, Wellington dias, afirmou que a lei de teto de gastos “fracassou”. Dias foi designado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, como responsável pelo Orçamento de 2023 durante o governo de transição.

““Percebo que já caminha para um consenso, entre as mais diferentes linhas de pensamento econômico, que a atual âncora fiscal fracassou”, disse ele.

“Desde que foi criada o teto foi furado todos os anos e só no atual governo Jair Bolsonaro foram R$ 840 bilhões acima do teto”.

Continua depois da publicidade

Dias confirmou que haverá revisão da atual âncora fiscal para uma “proposta eficiente” que concilie responsabilidade fiscal e compromisso social.

““Não há incompatibilidade entre atender aos mais pobres e o controle das contas públicas”, afirmou.

No vídeo, Dias também disse que Lula tem compromisso com o Fiscal e que deve apresentar medidas para controle das principais despesas assim como iniciativas para fazer a economia crescer. “Ele já fez isto quando foi presidente e fará novamente, diante da grave situação que receberá o Brasil”.

Continua depois da publicidade

Dias também defendeu a PEC que foi encaminhada ao Senado e pede para que o financiamento de programas sociais fique permanentemente fora do Teto Fiscal, proposta que tem sido repercutida de forma negativa pelo mercado financeiro.

“A PEC do Bolsa Família, além de assegurar os pobres no orçamento e recursos para o funcionamento dos serviços públicos, de onde tiraram o dinheiro, também assegura recursos para ampliar investimentos, e a meta é alcançar próximo de 1% do PIB de investimentos públicos para integrar com investimentos privados e fazer a economia crescer”, disse o senador eleito.