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O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse, nesta segunda-feira (16) ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que há 40 denúncias prontas para serem apresentadas à Justiça contra envolvidos na invasão aos edifícios-sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Lira esteve com Aras para apresentar um relatório das investigações internas acerca da identificação de pessoas que participaram das ações de vandalismo.
“Hoje já temos 40 denúncias prontas e associaremos até sexta-feira às novas denúncias que poderão ser acompanhadas de medidas cautelares para essas pessoas que foram presas depredando e invadindo a Câmara Federal”, disse Aras a Lira, em vídeo divulgado pela assessoria da PGR.
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Numa mudança de perfil de atuação desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o comando do país e pressionado por colegas procuradores e parlamentares, a PGR pediu na semana passada a inclusão do ex-chefe do Executivo como investigado por ações antidemocráticas perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a apuração.
O procurador-geral –indicado e reconduzido por Bolsonaro– sempre teve uma atuação discreta quando o ex-presidente comandava o Palácio do Planalto.
Aras destacou que a grande preocupação é que ataques como os ocorridos no dia 8 não voltem a se repetir jamais. “A democracia tem preço caro, precisamos formar um consenso social”, disse.
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A polícia prendeu até o momento quase 1.400 pessoas pelos ataques e disse que elas serão acusadas de crimes como terrorismo e tentativa de golpe.
Parlamentares
Em agenda anterior, o presidente da Câmara disse que todos agentes públicos que tiveram alguma responsabilidade nos atos do dia 8 serão responsabilizados, mesmo se forem parlamentares.
Segundo Lira, o fato de haver parlamentares divulgando informações inverídicas de que não houve invasão à Câmara será avaliado e eles vão responder por essas falas.
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Na semana passada, o Ministério Público Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquérito contra os deputados eleitos André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP) por incitação aos atos de violência.
Entretanto, Lira disse ter conversado com os três deputados e não viu nenhum ato que confirmasse as alegações dos inquéritos.