Armínio Fraga, Pedro Malan, Persio Arida e Edmar Bacha declaram apoio a Lula

Economistas participaram da criação do Plano Real e ocuparam cargos importantes nos governos Itamar e FHC

Fábio Matos

Geraldo Alckmin ao lado de Lula em pré-lançamento de campanha em São Paulo (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)
Geraldo Alckmin ao lado de Lula em pré-lançamento de campanha em São Paulo (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

Com papel de destaque na economia brasileira durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1995 e 2002, os economistas Armínio Fraga, Pedro Malan, Persio Arida e Edmar Bacha divulgaram nesta quinta-feira (6) uma nota de apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL).

Fraga, que já havia afirmado publicamente que votaria em Lula, foi presidente do Banco Central (BC) durante o segundo mandato de FHC, de 1999 até o final de 2002, depois da saída de Gustavo Franco.

Leia também: Fernando Henrique Cardoso declara voto em Lula no segundo turno

Malan foi ministro da Fazenda durante os oito anos do governo FHC. Também ocupou a presidência do BC entre 1993 e 1995, no governo de Itamar Franco.

Persio Arida comandou o BC (1995) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 1993 a 1995, também na gestão Itamar. É apontado como um dos “pais do Plano Real”, assim como Edmar Bacha.

“Votaremos em Lula no 2º turno. Nossa expectativa é de condução responsável da economia”, afirmam os quatro economistas no texto divulgado nesta quinta.

O documento consolida o movimento de economistas ligados aos anos FHC e à criação do Real em direção à candidatura de Lula – adversário histórico dos tucanos. Outro nome que já tinha manifestado apoio ao petista é André Lara Resende.

Na quarta-feira (5), o próprio Arida já havia declarado seu voto em Lula contra Bolsonaro. “Vou votar no Lula não só pelos erros do governo Bolsonaro, mas porque estou preocupado com a democracia brasileira”, disse. “Não quero que a democracia morra, e o que hoje temos é um retrocesso civilizatório.”