Publicidade
SÃO PAULO – A pesquisa Datafolha mostrou um cenário bastante positivo para a candidatura de Marina Silva. Em seu relançamento, após voltar inesperadamente à disputa presidencial (ainda não oficializado), Marina registrou 21% no primeiro turno, contra 36% de Dilma e 20% de Aécio. No segundo turno, Marina derrotaria Dilma por 47% a 43%, no limite da margem de erro. Porém, ele pode apontar para um cenário mais positivo do que parece para Marina Silva.
Conforme destaca o chefe de pesquisas emergentes da Nomura, Tony Volpon, em primeiro lugar, uma coisa a se notar na enquete é uma apenas leve baixa do apoio a Aécio Neves no segundo turno simulado – de 40% para 39% – dentro da margem de erro, mas a presidente Dilma Rousseff vê a aprovação aumentar, de 44% para 47% – 1% acima da margem de erro. Ou seja, a alta de Marina não significou uma deterioração do quadro para os adversários. Para Dilma, pelo contrário.
Em segundo lugar, o índice de aprovação do governo também viu uma ligeira melhoria, para 38%, provavelmente devido à recente queda da inflação. Segundo Volpon, a queda dos preços deve continuar a melhorar a aprovação de Dilma nos próximos meses.
Continua depois da publicidade
Enquanto isso, em terceiro lugar, aponta Volpon, uma pesquisa tão cedo após o trágico acontecimento da semana passada deve ser tomado com uma grande dose de cautela. Seria de esperar que os números de Marina melhorem no curto prazo dada a cobertura muito favorável para Dilma no último final de semana.
Em quarto lugar, amanhã vai começar a propaganda eleitoral, com o todo o tempo de Marina dedicado a fazer uma homenagem a Campos. Por outro lado, tanto Aécio quanto Dilma terão mais tempo eleitoral e os seus adversários têm mais recursos, o que pode afetar negativamente a candidatura de Marina.
Para ele, nada na presente pesquisa o faz mudar o cenário primordial, com Marina sendo mais competitiva no Sudeste e ainda tendo dificuldades no Nordeste.
Assim, a grande questão é, aponta a LCA Consultores: Marina está no piso ou no teto? Ela tende a desinflar passada a comoção provocada pela morte de Eduardo Campos, ou a crescer após conquistar eleitores ainda desconfiados de sua capacidade de: a) vencer o PT na eleição; b) de governar o país?. Desta forma, é aguardar as próximas pesquisas para saber.