Avião usado por Campos apresentou falha anterior ao acidente, diz Folha

Segundo deputado estadual do PSB Wilson Quintero, líder do partido da Assembleia Legislativa do Paraná, houve um problema na ignição da aeronave em junho durante decolagem em Londrina

Paula Barra

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SÃO PAULO – O avião modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que levava Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pelo PSB, já teria apresentado falha durante decolagem em Londrina, no Paraná, em 16 de junho, aponta Folha de S. Paulo. Na manhã desta quarta-feira, morreu Campos e mais seis pessoas em acidente de avião em Santos, no litoral paulista. 

Segundo o deputado estadual Wilson Quintero (PSB), líder do partido da Assembleia Legislativa do Paraná, na ocasião, houve um problema na ignição da aeronave, informou a Folha. “Isso impediu a decolagem na época”, disse.

A assessoria de imprensa da Infraero, em Brasília, confirmou à Folha que a aeronave que esteve em Londrina em junho era a mesma que caiu na manhã desta quarta-feira. 

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A informação da morte de Campos foi confirmada nesta tarde pela assessoria do partido. A aeronave viajava do Rio para Guarujá e perdeu contato com controle aéreo. O acidente deixou sete mortos. A candidata à vice na chapa pelo PSB, Marina Silva, não estava na aeronave.

O PSB nacional confirmou que estavam em companhia do candidato à Presidência da República pela coligação Unidos para o Brasil, os assessores Pedro Valadares, assessor direto; Carlos Augusto Percol, assessor de imprensa; Marcelo Lira, cinegrafista; e Alexandre Severo, fotógrafo oficial, além dos pilotos da aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, Marcos Martins e Geraldo da Cunha. O avião caiu hoje em Santos matando todos os ocupantes.

De acordo com o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). O avião estava com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia. Quando se preparava para pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião. O presidenciável era esperado em Santos, e seria recebido pelo amigo deputado federal Mario França, do PSB, que fez contato com Campos pela última vez por volta das 9h30 (horário de Brasília).